sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ruínas que recordam as Linhas de Nazca foram localizadas na Arábia Saudita

22.09.11 | Atualizado 22.09.11 - 20h03 | Por El Mundo - Tradução e adaptação: Paulo Poian

Ruínas que recordam as Linhas de Nazca foram localizadas na Arábia Saudita

As obras do homem antigo: sensoriamento remoto no Oriente Médio revela centenas de sítios arqueológicos

Categoria: ARQUEOLOGIA | GEOGLIFOS | PESQUISA | TECNOLOGIA E CIÊNCIA
crédito: USGS/Digital Globe/Google
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Túmulos-'trompete'. Os pastores pré-históricos que viveram no que é hoje conhecido como Arábia Saudita e Jordânia teriam partilhado uma tradição ancestral comum
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Velocidade da luz é batida por experimento Vídeo criado a partir de centenas de imagens da ISS Restos de satélite cairão na Terra nesta semana
Percy Maitland, militar das Forças Armadas britânicas, encontrou-as pela primeira vez em 1927. No entanto, é a moderna ferramenta Google Earth [Originada a partir da pioneira empresa Keyhole, Inc] que tem permitido descobrir com detalhes as complexas estruturas de pedra na Arábia Saudita. Tratam-se de incontáveis áreas com uma base circular e longas linhas de centenas de metros, que alguns arqueólogos já comparam com as famosas Linhas de Nazca, situadas no sul do Peru.

Segundo um artigo da revista New Scientist, o pesquisador da Universidade de Western Austrália (em Perth) David Kennedy, utilizando as imagens por satélite acessíveis no Google Earth, vem conseguido observar milhares de áreas arqueológicas da Arábia Saudita de seu computador.

A ferramenta transformou-se numa das poucas formas de buscar lugares arqueológicos em alguns países do Oriente Médio. Segundo Kennedy, estes países normalmente opõem-se a que pesquisadores e curiosos realizem vôos para encontrar jazidas, depósitos e ruínas.

Exploração a partir do escritório

Kennedy virou um verdadeiro especialista na hora de localizar sítios arqueológicos mediante o uso de imagens captadas por satélite. Ao longo deste ano, identificou em torno de 2.000 deles por toda Arábia Saudita, com estruturas lineares que recordam às de Nazca. Alguns destes locais mostram desenhos similares a rodas, com um diâmetro que vai de 20 aos 70 metros. Os arqueólogos acham que foram traçadas por motivos religiosos. 
crédito: Aerial Photographic Archive for Archaeology
Túmulos-pingentes em forma de lágrima. O comprimento desats caudas chega a ser superior a 30 m, conforme artigo de Kennedy. Clique aqui para acessar mais imagens
Túmulos-pingentes em forma de lágrima. O comprimento destas caudas chega a ser superior a 30 m, conforme artigo de Kennedy. Clique aqui para acessar mais imagens
 As peruanas Linhas de Nazca, que foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1994, estão localizadas no deserto do mesmo nome, entre as localidades de Nazca e Palpa (Peru). Os arqueólogos acham que foram obra dos membros da cultura Nazca e estão compostas por centenas de figuras traçadas sobre a superfície terrestre. Do solo não é possivel apreciá-las bem, então para se ter uma visão completa de sua estrutura é necessário vislumbrar do alto.

Atualmente, a visualização geoespacial permite acesso a qualquer lugar do mundo, de modo que cada vez são mais numerosos os arqueólogos que dedicam parte de seu tempo a "exploração" a partir do próprio escritório ou residência. David Thomas, da também australiana Universidade de Melbourne, encontrou 463 locais no Deserto de Registan, no Afeganistão, em 2008.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Astrônomos revelam descoberta de mais 50 exoplanetas

        13.09.11 | Atualizado 13.09.11 - 15h24 | Por G1

Astrônomos revelam descoberta de mais 50 exoplanetas

16 deles seriam similares à Terra

Categoria: ASTRONOMIA | PESQUISA | TECNOLOGIA E CIÊNCIA
crédito: VisionGfx
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A multiplicação dos planetas perante o avanço da tecnologia capaz de detectá-los. Ilustração
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NASA confirma existência de planeta com dois sóis Pesquisadores confirmam detecção de planeta invisível NASA acaba de divulgar imagens inéditas da superfície lunar
O Observatório Europeu do Sul anunciou nesta segunda-feira (12) a descoberta de 50 exoplanetas em estrelas próximas ao Sol, sendo 16 desses com massas parecidas com a da Terra. Os novos orbes foram revelados durante um congresso científico internacional que reuniu 350 especialistas em Wyoming, nos Estados Unidos.

A equipe de astrônomos, coordenada por Michel Mayor, da Universidade de Genebra, na Suíça, usou um espectrógrafo chamado HARPS, instalado no telescópio do Observatório de La Silla, no Chile, para realizar o estudo. É um dos equipamentos mais rigorosos atualmente existente para a detecção de astros.

Desde 2003, o projeto HARPS já havia descoberto 150 planetas fora do Sistema Solar, sempre próximos a estrelas parecidas com o nosso Sol. Ao todo, o grupo estudou 376 estrelas e descobriu que em 40% delas existem planetas menores que Saturno em órbita.

A maior parte dos exoplanetas, com massa aproximada a de Netuno, costumam se aglomerar com outros astros, formando pequenos sistemas planetários. Os 16 parecidos com a Terra possuem entre uma até 10 vezes a massa do nosso planeta. 
crédito: ESO
Ilustração da 'super Terra' HD 85512 b
Ilustração da 'super Terra' HD 85512 b

 Possível Terra

Um dos astros - chamado HD 85512b - tem apenas 3,6 vezes a massa do nosso e gira ao redor de sua estrela a uma distância conhecida como zona habitável. Planetas nesta região, podem apresentar água em estado líquido e reunir condições para o desenvolvimento da vida como na Terra.

Atualmente, o número de exoplanetas conhecidos está em 600. A missão espacial Kepler, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), encontrou 1,2 mil candidatos a exoplanetas, usando um método diferente: interferências mínimas na luz vinda da estrela quando o planeta passa entre ela e a sonda.
fonte ufo.com.br

NASA confirma existência de planeta com dois sóis

        16.09.11 | Atualizado 16.09.11 - 12h22 | Por Rafael Garcia/Folha

NASA confirma existência de planeta com dois sóis

Telescópio espacial Kepler desvendou detalhes sobre os corpos celestes do sistema binário

Categoria: ASTRONOMIA | NASA | PESQUISA | TECNOLOGIA E CIÊNCIA
crédito: theoldrepublic
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Cena da saga Star Wars, onde se destaca a dupla de sóis do imaginário planeta Tatooine. Da ficção à realidade
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Pesquisadores confirmam detecção de planeta invisível Astrônomos revelam descoberta de mais 50 exoplanetas NASA acaba de divulgar imagens inéditas da superfície lunar
Um mundo com dois sóis é a descoberta mais nova do telescópio Kepler da Agência Espacial Norte-Americana (NASA). Em um estudo publicado nesta quinta-feira (15), cientistas mostram como é o novo astro, com tamanho similar a Saturno. O corpo celeste fica no sistema estelar batizado de Kepler-16, na região da constelação de Cisne. Suas duas estrelas mães têm tamanhos diferentes, uma possui massa equivalente a 70% o tamanho do Sol e a outra, menos brilhante e de espectro mais avermelhado, de 20%.

Sistemas binários, como são conhecidos esses pares de estrelas, são comuns na nossa galáxia e teóricos já havia postulado a possibilidade de planetas orbitarem ao seu redor. Esta, porém, é a primeira vez que astrônomos descrevem isso sem margem de dúvida.

A descoberta do novo planeta foi possível porque o telescópio Kepler observa sua órbita de perfil, e é capaz de perceber a tênue queda de luminosidade cada vez que o planeta eclipsa uma das duas estrelas.

O orbe, porém, está longe demais para que os astrônomos consigam enxergar seu contorno diretamente. Batizado de Kepler-16b, faz a luminosidade do sistema sofrer uma queda de 1,7% durante o eclipse da estrela maior e de 0,1% durante o eclipse da menor.

O telescópio Kepler, que monitora mais de 150 mil estrelas na região, é o único com sensibilidade suficiente para detectar variações tão pequenas e capaz de acompanhá-las sem interrupções. O novo planeta foi observado em todo o seu "ano" e cientistas conseguiram determinar que o raio médio de sua órbita é de aproximadamente 100 milhões de km, dois terços da distância entre o Sol e a Terra.

Para confirmar a descoberta, porém, astrônomos precisaram encarar um desafio bem mais complexo, pois não tiveram de estudar apenas a órbita do novo planeta, que dura 229 dias. As estrelas A e B também exercem força gravitacional entre si e mudam de posição o tempo todo em relação ao centro do sistema. Isso fez com que os períodos de órbita detectados pelos cientistas em um primeiro momento variassem entre 221 dias e 230 dias, um dado difícil de interpretar. 
crédito: R.Hurt/JPL-Caltech/SSC/NASA
Ilustração artística do sistema Kepler-16, mostrando a estrela binária sendo orbitada por Kepler-16b
Ilustração artística do sistema Kepler-16, mostrando a estrela binária sendo orbitada por Kepler-16b
 Dança a três

A relação gravitacional entre três objetos celestes - desafio conhecido pelos físicos como o "problema dos três corpos" - ainda é um problema para o qual não existe solução geral. Quando se estudam apenas dois objetos interagindo no espaço, a exata posição de cada um deles pode ser prevista no futuro simplesmente por meio da medição de sua trajetória e aplicação de uma fórmula. A inclusão de um terceiro corpo na equação, porém, torna tudo imprevisível.

"A atração gravitacional de cada estrela ao terceiro corpo varia com o tempo em razão das mudanças de posição dos três corpos", escrevem os cientistas em estudo na edição de hoje da revista Science. O trabalho foi coordenado pelo astrônomo Laurance Doyle, do Centro Carl Sagan para Estudos da Vida no Universo.

Para lidar com o problema de medir a configuração orbital de um planeta mais duas estrelas, os cientistas tiveram de criar uma simulação do movimento dos astros. Usando um computador e um modelo matemático complexo para prever o comportamento do sistema de maneira aproximada, os pesquisadores conseguiram reproduzir a dança celeste em Kepler-16 com grande precisão.

Assista ao vídeo da NASA: O cenário que inicialmente se apresentou como desafio aos cientistas, afinal, acabou se apresentando como vantagem: um número maior de interações gravitacionais permitiu aos pesquisadores calcular com grande precisão a massa e o tamanho das estrelas, algo que nem sempre é possível em sistemas binários sem planetas.

Os astrônomos, por fim, conseguiram determinar a massa do planeta como sendo similar à de Saturno. Kepler-16b, porém, é um pouco mais denso, sendo composto provavelmente metade de gás e metade de elementos em forma sólida. (Saturno tem 2/3 de sua massa na forma de gás). 
crédito: infonews
Uma das cenas de Guerra nas Estrelas, com o entardecer no planeta Tatooine
Uma das cenas de Guerra nas Estrelas, com o entardecer no planeta Tatooine
 Tatooine

Fãs da série de filmes Guerra nas Estrelas podem se perguntar a recente descoberta não seria uma encarnação de Tatooine, planeta ficcional com dois sóis onde o personagem protagonista da série, Luke Skywalker, cresceu.

Kepler-16b, porém, teria uma atmosfera muito mais espessa e escura do que a de seu companheiro imaginário, e temperaturas gélidas que chegam a -100 ºC. Provavelmente incapaz de abrigar vida e em nada parecido com o deserto ensolarado de Tatooine.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cientistas esclarecem um dos mistérios da coroa do Sol

Um estudo publicado nesta quinta-feira explica por que a coroa do Sol alcança temperaturas centenas de vezes superiores a partes do astro que encontram-se muito mais perto do núcleo, que produz o calor.Para aquecer a coroa solar a vários milhões de graus e acelerar a centenas de quilômetros por segundo os ventos solares que se propagam em todas as direções, inclusive em direção à Terra, é preciso energia, escrevem Scott McIntosh, do Centro Nacional Americano de Pesquisa Atmosférica, e outros pesquisadores na revista Nature.
A temperatura alcança aproximadamente 6 mil graus na superfície do Sol e dois ou três milhões de graus na coroa, apesar desta última se encontrar muito mais longe do núcleo do astro, onde ocorrem as reações nucleares que produzem o calor.

Hannes Alfven, um físico sueco que recebeu o prêmio Nobel em 1970, estimou que há ondas que transportam esta energia por linhas do campo magnético que percorrem o plasma (gás com partículas carregadas com eletricidade) da coroa. Até agora não havia sido possível detectar a quantidade de ondas deste tipo necessárias para produzir a energia requerida.
Imagens de alta definição ultravioleta captadas com muita frequência (a cada oito segundos) pelo satélite da Nasa Solar Dymanics Observatory (SDO) permitiram à equipe de Scott McIntosh detectar grande quantidade destas ondas Alfven.
As mesmas se propagam em grande velocidade (entre 200 e 250 quilômetros por segundo) no plasma em movimento, indica em um comunicado o professor Marcel Goossens, da Universidade Católica de Lovaina, que participou da pesquisa.
Estas ondas, cujo fluxo energético localiza-se entre 100 e 200 watts por quilômetro quadrado, "são capazes de produzir a energia necessária para propulsar os rápidos ventos solares e assim compensar as perdas de calor das regiões menos agitadas da coroa solar", estimam os autores do estudo.
No entanto, isto "não basta para prover os 2 mil watts por metro quadrado necessários para abastecer as zonas ativas da coroa", acrescentam na Nature.
Para isso, seriam necessários instrumentos com maior resolução especial e temporal "para estudar todo o espectro de energia irradiada nas regiões ativas".
Além disso, seria preciso "entender como e onde estas ondas são geradas e dissipadas na atmosfera solar".
fonte : www.yahoo.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Resolvido mistério antigo: vapor d'água de Saturno provém de uma de suas luas



O vapor d'água descoberto na alta atmosfera de Saturno provém dos gêiseres localizados em Encelade, uma das luas do planeta dos anéis, anunciou nesta terça-feira a Agência Espacial Europeia (Esa), baseando-se em dados fornecidos pelo satélite Herschel.A identificação dessa fonte "resolve um mistério que vem intrigando os cientistas há 14 anos", revela a Esa em comunicado.
Encelade, uma pequena lua gelada com um raio de 500 km, expulsa cerca de 250 kg de vapor d'água por segundo através dos gêiseres situados perto de seu Polo Sul, numa região batizada pelos astrônomos de "listras de tigre" por causa das marcas visíveis na superfície.

Esse vapor d'água se acumula numa gigantesca nuvem em forma de argola (como um pneu) no rastro de Encelade, que orbita a cerca de 238.000 km de Saturno, ou seja, a uma distância correspondente a quatro vezes o raio de Saturno. A nuvem de vapor d'água possui cerca de 50.000 km de espessura.
Apesar de seu grande tamanho, não havia sido detectada até então porque o vapor d'água é transparente, na extensão da onda de luz visível, mas não para a radiação infravermelha que o Herschel foi projetado para captar.
A presença de água na alta atmosfera de Saturno havia sido registrada pela primeira vez em 1997, através das observações com ajuda do telescópio espacial ISO (Infrared Space Observatory) da Esa, sem que se compreendesse sua fonte, lembra a agência europeia.
Apenas 3% a 5% da água expulsa por Encelade cairiam em Saturno, segundo simulações numéricas realizadas após as mais recentes observações do satélite Herschel. Esta pequena fração basta para explicar a presença de água na alta atmosfera do planeta.
Encelade é, também, "a única lua do sistema solar conhecida por influenciar a composição química de seu planeta", destaca a Esa.
O relato dos cientistas das observações do Herschel sobre esta fonte de água foi publicado na revista Astronomy and Astrophysics.

fonte : www.yahoo.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2011

Maior reservatorio de agua do universo


Cientistas descobriram um quasar com o maior e mais distante reservatório de água do Universo, a mais de 12 bilhões de anos-luz de distância. Gás e poeira formam nuvens ao redor do buraco negro central do quasar. A água, em forma de vapor, equivale a 140 trilhões de vezes toda a água do oceano da Terra

fonte : www.uol.com.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sonda espacial entrou na órbita do asteroide gigante Vesta

A sonda Dawn levou quatro anos para chegar à órbita do asteroide, onde ficará um ano antes de partir em nova missão.. Foto: Nasa/Divulgação A sonda Dawn levou quatro anos para chegar à órbita do asteroide, onde ficará um ano antes de partir em nova missão.
Foto: Nasa/Divulgação

A sonda espacial Dawn entrou na órbita de Vesta, um dos maiores asteroides do sistema solar, informou a agência espacial americana Nasa na madrugada deste domingo. A Dawn, que se encontra a 188 milhões de km da Terra, deve passar a cerca de 16.000 km de Vesta para estudar sua superfície. "Foram necessários cerca de quatro anos desde o lançamento da Dawn para atingirmos esta meta", disse Robert Mase, diretor da missão de 466 milhões de dólares, no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos. Após um ano de observações e medições em torno de Vesta, a Dawn se dirigirá para seu segundo destino, o planeta anão Ceres, em julho de 2012. A sonda será a primeira nave a orbitar dois corpos do sistema solar além da Terra. O principal objetivo da missão de oito anos da Dawn é comparar e contrastar estes dois corpos gigantes, o que, segundo a Nasa, ajudará os cientistas "a desvendar os segredos dos primórdios de nosso sistema solar".
"Os instrumentos científicos da Dawn medirão a composição da superfície, a topografia e a textura. Além disso, a sonda espacial Dawn medirá a força da gravidade em Vesta e Ceres para que possamos aprender mais sobre suas estruturas internas", indicou a Nasa em um comunicado à imprensa. A sonda, que foi lançada em 2007, é equipada com um instrumento de raios gama e detectores de nêutrons, que recolherão informações sobre os raios cósmicos durante a fase de aproximação, assim como um espectrômetro infravermelho.
fonte www.terra.com.br