quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nasa divulga quatro novas imagens de Titã, a maior lua de Saturno


30/08/2012 10h45 - Atualizado em 30/08/2012 10h58

Sonda Cassini está na região desde 2004 e fez registros entre maio e julho.
Objetivo é analisar as mudanças sazonais no sistema do planeta dos anéis.

Do G1, em São Paulo
A agência nacional americana (Nasa) divulgou quatro novas imagens feitas entre maio e julho ao redor de Saturno pela sonda Cassini, que está na região desde 2004 e deve ficar pelo menos mais cinco anos em atividade.
A foto abaixo mostra a maior lua do "planeta dos anéis", Titã, passando em frente a ele. O registro ocorreu no dia 6 de maio. Para captar a cena, a Cassini usou uma lente grande-angular, a 778 mil quilômetros do satélite.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)Titã fica à frente de Saturno, em imagem parecida à divulgada no início de julho (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
As imagens foram feitas por meio de luz visível e infravermelha. A chamada Missão Solstício usa duas câmeras diferentes e tem como um de seus principais objetivos analisar as mudanças sazonais no sistema de Saturno, que tem pelo menos 60 luas conhecidas – embora Titã ainda seja a única com possibilidade de vida. Algumas dessas alterações climáticas são completamente inesperadas, enquanto outras ocorrem como um verdadeiro reloginho.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)Anel de Saturno obscurece parte de Titã nesta outra imagem feita pela Cassini (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
A principal lua de Saturno tem 5.150 quilômetros de diâmetro e é maior que o planeta Mercúrio, o primeiro do Sistema Solar. Os cientistas têm acompanhado os eventos no polo sul do satélite desde que uma espécie de furacão atingiu a atmosfera este ano.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)Sonda capta lado 'noturno' de Titã, com a luz do sol aparecendo como um anel (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
As estações do ano estão mudando em Titã: o polo sul ainda está no outono, mas logo passará pelo inverno, motivo pelo qual tem ganhado uma tonalidade mais azulada. Essa modificação na cor é explicada provavelmente pela redução da intensidade da luz ultravioleta e da névoa no local, além de uma dispersão da luz solar pelas moléculas no ar e da presença de gás metano. A incidência de um "anel de sombra" (foto acima) no hemisfério sul aumenta ainda mais esse efeito.
Já o polo norte está na primavera e em breve chegará o verão, motivo pelo qual a luminosidade e a neblina têm aumentado.
A missão Cassini-Huygens é um projeto feito em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI).
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)Espécie de furacão ou turbilhão apareceu no polo sul da lua Titã este ano (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nasa divulga fotos em alta resolução feitas pela sonda Curiosity em Marte


CIÊNCIA

Nasa divulga fotos em alta resolução feitas pela sonda Curiosity em Marte

Imagens mostram o monte Sharp, destino final do jipe-robô enviado ao planeta vermelho. Curiosity também envia mensagem de áudio para a Terra.
A Nasa divulgou nesta segunda-feira (28/08) as primeiras imagens coloridas em alta resolução tiradas pelo jipe-robô Curiosity em Marte.
As imagens mostram uma cadeia montanhosa dentro da cratera Gale, denominada monte Sharp e que tem até 5,5 quilômetros de altura. A cratera Gale foi o local onde o jipe pousou, em 6 de agosto, para dar início à sua missão de dois anos.
A base do monte Sharp fica a cerca de 10 quilômetros do local de pouso e é o destino final do robô. Cientistas calculam que ele poderá levar até um ano para se deslocar até lá.
O monte Sharp é uma montanha dentro da cratera Gale
O objetivo da missão é descobrir se há materiais orgânicos e outros elementos químicos necessários para a evolução da vida em Marte.
Ao mesmo tempo, a Curiosity enviou de volta para a Terra uma mensagem gravada pelo chefe da Nasa, Charles Bolden. Segundo a Nasa, isso significa que futuras missões tripuladas poderão estabelecer contato direto com a Terra.
A Nasa espera encontrar evidências de vida na base do monte Sharp
AS/rtr/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque

Descoberto 1º sistema multiplanetário ao estilo 'Star Wars


Descoberto 1º sistema multiplanetário ao estilo 'Star Wars'
28 de agosto de 2012  19h30  atualizado às 20h43

Representação artística mostra como seria o sistema descoberto. Foto: Nasa/JPL-Caltech/T. Pyle/Divulgação
Representação artística mostra como seria o sistema descoberto
Foto: Nasa/JPL-Caltech/T. Pyle/Divulgação
Pesquisadores de diversas instituições apresentam nesta terça-feira na União Astronômica Internacional a descoberta do primeiro sistema multiplanetário conhecido ao redor de uma estrela binária. Anteriormente, os astrônomos já haviam descoberto quatro sistemas parecidos, mas com apenas um exoplaneta em cada. Além disso, um desses corpos está na "zona habitável", o que anima os cientistas. O artigo que descreve o estudo será publicado naScience.
O sistema, que lembra o do planeta Tatooine, da saga Star Wars, foi chamado de Kepler-47 - já que foi descoberto pelo telescópio Kepler. Lá, as duas estrelas giram ao redor uma da outra (em um centro gravitacional comum) a cada 7,5 dias terrestres. Uma delas é similar ao Sol, enquanto a outra é menor, com apenas um terço do tamanho e 175 vezes mais fraca.
O planeta mais próximo delas tem três vezes o diâmetro da Terra e orbita o par a cada 49 dias terrestres. O corpo mais longínquo é um pouco maior que Urano e seu ano dura 303 dias. Este é o que chamou mais a atenção dos cientistas. Essa distância para suas estrelas significa que ele está na chamada "zona habitável", ou seja, que pode ter as condições para sustentar a vida como a conhecemos.
Apesar de certamente ser um gigante gasoso sem vida, esse planeta anima os pesquisadores, já que agora sabemos que corpos com condições para o aparecimento de seres vivos podem existir ao redor de estrelas binárias.
O novo sistema planetário está a "apenas" 5 mil anos-luz da Terra. Apesar disso, a distância é muito grande para que seja visto diretamente - os planetas foram detectados devido à queda no brilho do par de estrelas quando eles transitam em frente a elas. Após o registro do Kepler, o Observatório McDonald, no Texas, mediu o tamanho e massa relativos dos objetos - eles têm massa provável entre oito e 20 vezes maior que a da Terra.
"O que eu achei mais excitante é o potencial para habitabilidade em um sistema circumbinário. Kepler-47c não deve ser capaz de sustentar vida, mas se ele tiver grandes luas, estas podem ser mundos interessantes", diz William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), um dos autores do estudo, deixando fãs de Star Wars animados com a possibilidade de existir uma Endor por aí.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Planeta 'engolido' por estrela alimenta hipóteses sobre possível fim da Terra


Planeta 'engolido' por estrela alimenta hipóteses sobre possível fim da Terra
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BBC
  • Nasa
    Planeta engolido por estrela alimenta hipóteses sobre o fim do mundo
    Planeta engolido por estrela alimenta hipóteses sobre o fim do mundo
Astrônomos encontraram evidências de um planeta que teria sido "devorado" por sua estrela, dando fôlego a hipóteses sobre qual poderia ser o destino da Terra dentro de bilhões de anos. 
A equipe descobriu indícios de um planeta que teria sido "engolido" ao fazer uma análise sobre a composição química da estrela hospedeira. Eles também acreditam que um planeta sobrevivente que ainda gira em torno dessa estrela poderia ter sido lançado a uma órbita incomum pela destruição do planeta vizinho.
Os detalhes do estudo estão na publicação científica Astrophysical Journal Letters.
A equipe, formada por americanos, poloneses e espanhóis fez a descoberta quando estava estudando a estrela BD 48 740 - que é um de uma classe estelar conhecida como gigantes vermelhas. As observações foram feitas com o telescópio Hobby Eberly, no Observatório McDonald, no Texas.

Concentração de lítio

O aumento das temperaturas próximas aos núcleos das gigantes vermelhas faz com que essas estrelas se expandam, destruindo planetas próximos.
"Um destino semelhante pode aguardar os planetas do nosso sistema solar, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir em direção à órbita da Terra, dentro de cerca de cinco bilhões de anos", disseo professor Alexander Wolszczan, da Pennsylvania State University, nos EUA, co-autor do estudo.
A primeira evidência de que um planeta teria sido "engolido" pela estrela foi encontrada na composição química peculiar do astro. A BD 48 740 continha uma quantidade anormalmente elevada de lítio, um material raro criado principalmente durante o Big Bang, há 14 bilhões de anos.
O lítio é facilmente destruído no interior das estrelas, por isso é incomum encontrar esse material em altas concentrações em uma estrela antiga.
"Além do Big Bang, há poucas situações identificadas por especialistas nas quais o lítio pode ser sintetizado em uma estrela", explica Wolszczan. "No caso da BD 48 740, é provável que o processo de produção de lítio tenha sido desatado depois que uma massa do tamanho de um planeta foi engolida pela estrela, em um processo que levou ao aquecimento do astro."

Órbita incomum

A segunda evidência identificada pelos astrônomos está relacionada a um planeta recém-descoberto que estaria desenvolvendo uma órbita elíptica em torno da estrela gigante vermelha.
Esse planeta tem pelo menos 1,6 vezes a massa de Júpiter. Segundo Andrzej Niedzielski, co-autor do estudo da Nicolaus Copernicus University em Torun, na Polônia, órbitas com tal configuração não são comuns nos sistemas planetários formados em torno de estrelas antigas.
"Na verdade, a órbita desse planeta em torno da BD 48 740 é a mais elíptica já detectada até agora", disse Niedzielski.
Como as interações gravitacionais entre planetas são em geral responsáveis por órbitas incomuns como essa, os astrônomos suspeitam que a incorporação da massa do planeta "engolido" à estrela poderia ter dado a esse outro planeta uma sobrecarga de energia que o lançou em uma órbita pouco comum.
"Flagrar um planeta quando ele está sendo devorado por uma estrela é improvável por causa da rapidez com a qual esse processo ocorre", explicou Eva Villaver da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, uma das integrantes da equipe de pesquisadores. "Mas a ocorrência de tal colisão pode ser deduzida a partir das alterações químicas que ela provoca na estrela."
"A órbita muito alongada do planeta recém-descoberto girando em torno dessa estrela gigante vermelha e a sua alta concentração de lítio são exatamente os tipos de evidências da destruição de um planeta."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tecnologia – Novo robô da Nasa pousa com sucesso em Marte

Tecnologia – Novo robô da Nasa pousa com sucesso em Marte

6 de agosto de 2012
Por
Jipe-robô Curiosity da Nasa - Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech
Jipe-robô Curiosity da Nasa – Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech
Uma nave que leva o jipe-robô Curiosity da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, pousou com sucesso em uma cratera em Marte. O pouso é parte de uma missão não tripulada que estudará detalhadamente a possibilidade de ter havido vida no planeta.
A nave conseguiu pousar no interior da Cratera de Gale por volta das 2h31 (horário de Brasília), com um conjunto inédito de procedimentos, usando um guindaste e cordas de náilon.
Com a confirmação do pouso na cratera, de 154 quilômetros de diâmetro, a equipe da Nasa em Pasadena, na Califórnia, celebrou o sucesso inicial da missão na qual muitos já trabalham há cerca de dez anos.
A descida pela atmosfera do planeta, após uma viagem de 570 milhões de quilômetros, foi chamada de “sete minutos de terror” em decorrência das manobras de elevado risco que reduziram a velocidade da nave permitindo que as rodas do jipe-robô tocassem a superfície da cratera suavemente.
O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 98 semanas, mas a expectativa é que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade por pelo menos 14 anos para a missão. É um sistema de geração de energia diferente do de outras missões que contaram com painéis de energia solar.
O jipe-robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do planeta. Os estudos começarão em uma montanha localizada no interior da cratera. Ele irá subir a montanha e estudará as pedras sedimentadas ali ao longo de bilhões de anos. O veículo buscará indícios de substâncias que possam ter sido propícias à vida em Marte. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.
A missão que enviou o Curiosity a Marte custou US$ 2,5 bilhões. No site da Nasa, é possível ver imagens captadas pelo robô.
Com informações da Agência Brasil.

domingo, 5 de agosto de 2012


NASA afirma que lua de Saturno abriga vida

LuisaoCS
NASA afirma que lua de Saturno abriga vida
Como se tratasse de uma história que pouco a pouco revela a trama, a bela lua de Saturno, Encélado, dá novos sinais de vida. Segundo cientistas da NASA, agora só resta comprovar de maneira contundente o fato através de futuras missões espaciais, devido a que existam muitos indícios que corroborem a existência de vida.

Desde 1789, William Herschel  fixou seu interesse em Encélado. Desde então, o pequeno satélite saturnino monopolizou a atenção dos astrônomos mais experimentados. Exemplo disso é que o astrobiólogo da NASA, Chris McKay, afirmou que existe água em estado líquido, material orgânico e uma fonte de calor em Encélado. A descoberta faz com que as futuras missões espaciais reservem para Encélado um papel de destaque nas pesquisas.

A descoberta da suposta vida em Encélado só foi possível por causa da Cassini, que através de uma sonda conseguiu detectar não apenas a atmosfera, senão gêiseres jorrando água constantemente e que, ademais, contêm compostos orgânicos como o propano, etano e acetileno.

McKay e outros cientistas da NASA planejam uma missão na qual possam estudar ainda mais o satélite, que colocaria uma nova sonda em órbita ao redor de Saturno com o objetivo de obter provas irrefutáveis de vida.
Via | The Guardian.


Leia mais: http://www.ndig.com.br/item/2012/07/nasa-afirma-que-lua-de-saturno-abriga-vida#ixzz22gNozVGd

sábado, 4 de agosto de 2012

Cientistas simulam destruição da Terra para entender exoplanetas


Cientistas simulam destruição da Terra para entender exoplanetas

Modelos matemáticos permitem que astrônomos estimem composição e comportamento de planetas localizados fora do nosso Sistema Solar.
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Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini em 3 de Agosto de 2012
(Fonte da imagem: Reprodução/Science Daily)
De acordo com uma notícia publicada pelo site Science Daily, um grupo de astrônomos decidiu realizar simulações nas quais pulverizam a Terra para tentar entender o comportamento e a composição de alguns exoplanetas.
Diversos desses astros têm sido encontrados recentemente, mas existe apenas uma determinada quantidade de informações que os astrônomos conseguem estimar através de observações realizadas aqui da Terra. Assim, quando os cientistas conseguem presenciar algum evento relacionado a esses planetas — como quando são vaporizados por suas estrelas, por exemplo —, eles podem estudar a composição de suas atmosferas.

Simulações apocalípticas

Entretanto, determinar a composição dessas superfícies é um problema muito mais complicado, e é por isso que os astrônomos decidiram pulverizar a Terra. Assim, simulando o que aconteceria com o nosso planeta caso ele se encontrasse tão próximo do Sol quanto esses planetas estão de suas estrelas, os cientistas podem ter uma ideia da composição de suas superfícies.
Em uma dessas simulações, por exemplo, os pesquisadores utilizaram uma versão mais primitiva do nosso planeta, com uma atmosfera rica em metano e amônia. E, ao adicionar energia ao sistema, eles observaram a formação de aminoácidos — o material que compõe o DNA —, ou seja, a formação de vida extraterrestre — em uma simulação, pelo menos!
Dessa forma, para conseguir saber mais sobre os exoplanetas, os astrônomos estão pulverizando a Terra de várias maneiras diferentes, além de criar vida extraterrestre entre uma destruição e outra. Senhores malignos do universo e criadores da vida... Quem disse que a ciência também não pode ser divertida?
Fonte: Science Daily


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/27817-cientistas-simulam-destruicao-da-terra-para-entender-exoplanetas.htm#ixzz22bwKdHvI

Astrônomos enxergam a matéria escura pela primeira vez


Espaço | 10/07/2012 19:05

Astrônomos enxergam a matéria escura pela primeira vez

Astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas

Vanessa Daraya, de
Jorg Dietrich/Observatório da Universidade de Munique
Matéria Escura
Matéria escura: Substância explica o campo gravitacional que une os corpos celestes
São Paulo - Um grupo de astrônomos conseguiu observar a matéria escura pela primeira vez na história. Com isso, a misteriosa substância que parece ter dado estrutura ao Universo foi finalmente revelada.
Os resultados foram publicados na revista científica Nature. Porém, foram ofuscados pelo anúncio da descoberta de uma partícula que pode ser o Bóson de Higgs.
Em 1933, Fritz Zwicky descobriu que a quantidade de matéria vista pelos nossos telescópios não batia com o comportamento do Universo. Com isso, ele conclui que existia algo a mais que não conseguíamos enxergar, mas que era responsável por mais de 80% de toda a matéria existente.
Além disso, os astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas. Portanto, ela explica o campo gravitacional que une os corpos celestes.
A pesquisa, liderada por Jorg Dietrich, do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, observou intersecções em filamentos de estruturas em aglomerados de galáxias. Elas eram consideradas invisíveis até agora porque não são densas.
Esse filamento observado tem uma gigantesca ramificação de matéria escura e é perpendicular à Terra, ou seja, está na nossa linha de visão. Essas características a tornam mais densa. Por isso, os astrônomos conseguiram enxergar o fenômeno. A matéria escura conecta Abell 222 e Abell 223, duas galáxias que estão a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
Os pesquisadores usaram dados da nave XMM-Newton, telescópio de raio X da Agência Espacial Europeia (ESA). As informações foram processadas por uma técnica de análise computadorizada, que revelou o formato do filamento e a matéria escura.

Estrela mantém três exoplanetas em órbita alinhada, o que é raro


Cientistas detectam Sistema Solar ‘alienígena’

Estrela mantém três exoplanetas em órbita alinhada, o que é raro

Divulgação/ Nasa
Novos possíveis planetas
Novos possíveis planetas: o sistema “alienígena” está a 10 mil anos-luz da Terra
São Paulo - Astrônomos descobriram um Sistema Solar “alienígena”, muito semelhante ao nosso, em que os planetas descrevem uma órbita alinhada à estrela. Segundo os cientistas, isso é raro de ser observado em sistemas do universo. A regra geral, observada até agora, mostra exoplanetas (como são chamados esses mundos fora do Sistema Solar) orbitando ao redor de uma estrela de forma desalinhada, cada um girando de uma forma diferente: um exoplaneta alinhado pelo equador, outro mais inclinado para a direita, outro para a esquerda, por exemplo.

Leia Mais

re.O estudo foi publicado nesta semana na revista Natu A descoberta, dizem os cientistas, indica que a maioria dos sistemas surgiu de modo semelhante, a partir de uma densa nuvem de poeira, em torno de uma estrela recém-formada, mas que foram se desalinhando conforme a interferência de outros fatores. Essa é a tese de formação de planetas mais aceita entre os cientistas e os dados, agora, reforçam a teoria.
"Conforme a teoria, encontramos uma rotação planetária alinhada em torno de uma estrela", disse o co-autor do estudo Dan Fabrycky, da Universidade da Califórnia. "Esse resultado é muito importante porque são dados básicos que provam uma teoria de formação planetária", falou.
O sistema “alienígena” está a 10 mil anos-luz da Terra. Ele é conhecido como Kepler-30 e foi detectado pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana). Os cientistas utilizaram a técnica de detecção da presença dos astros captando sinais do "trânsito" deles, ou seja, apontaram o telescópio para o sistema e anotaram quantas vezes caía a taxa de emissão de luz e qual a dinâmica desse movimento. Essa queda de luz ocorre a cada vez que um exoplaneta passa em frente à estrela, provocando um eclipse.
Essa formação, “prima” do Sistema Solar, é composta por três planetas maiores que a Terra e uma estrela principal. A rotação desses três exoplanetas está alinhada pelo equador dessa estrela, assim como no nosso Sistema Solar.