Espaço |
10/07/2012 19:05
Astrônomos enxergam a matéria escura pela primeira vez
Astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas
Matéria escura: Substância explica o campo gravitacional que une os corpos celestes
São Paulo - Um grupo de astrônomos conseguiu observar a matéria escura
pela primeira vez na história. Com isso, a misteriosa substância que
parece ter dado estrutura ao Universo foi finalmente revelada.
Os resultados foram publicados na revista científica Nature. Porém,
foram ofuscados pelo anúncio da descoberta de uma partícula que pode ser
o Bóson de Higgs.
Em 1933, Fritz Zwicky descobriu que a quantidade de matéria vista pelos nossos telescópios não batia com o comportamento do Universo. Com isso, ele conclui que existia algo a mais que não conseguíamos enxergar, mas que era responsável por mais de 80% de toda a matéria existente.
Além disso, os astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas. Portanto, ela explica o campo gravitacional que une os corpos celestes.
A pesquisa, liderada por Jorg Dietrich, do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, observou intersecções em filamentos de estruturas em aglomerados de galáxias. Elas eram consideradas invisíveis até agora porque não são densas.
Esse filamento observado tem uma gigantesca ramificação de matéria escura e é perpendicular à Terra, ou seja, está na nossa linha de visão. Essas características a tornam mais densa. Por isso, os astrônomos conseguiram enxergar o fenômeno. A matéria escura conecta Abell 222 e Abell 223, duas galáxias que estão a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
Os pesquisadores usaram dados da nave XMM-Newton, telescópio de raio X da Agência Espacial Europeia (ESA). As informações foram processadas por uma técnica de análise computadorizada, que revelou o formato do filamento e a matéria escura.
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Além disso, os astrônomos acreditam que a matéria escura consegue fornecer a gravidade que mantém as galáxias unidas. Portanto, ela explica o campo gravitacional que une os corpos celestes.
A pesquisa, liderada por Jorg Dietrich, do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, observou intersecções em filamentos de estruturas em aglomerados de galáxias. Elas eram consideradas invisíveis até agora porque não são densas.
Esse filamento observado tem uma gigantesca ramificação de matéria escura e é perpendicular à Terra, ou seja, está na nossa linha de visão. Essas características a tornam mais densa. Por isso, os astrônomos conseguiram enxergar o fenômeno. A matéria escura conecta Abell 222 e Abell 223, duas galáxias que estão a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
Os pesquisadores usaram dados da nave XMM-Newton, telescópio de raio X da Agência Espacial Europeia (ESA). As informações foram processadas por uma técnica de análise computadorizada, que revelou o formato do filamento e a matéria escura.
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