quarta-feira, 19 de setembro de 2012

NASA divulga imagem da supernova Kepler

NASA divulga imagem da supernova Kepler

Uma supernova é uma explosão violenta que resulta na morte de uma estrela de elevada massa ou de uma anã branca

Vanessa Daraya, de
Divulgação/NASA
Kepler Supernova
Kepler Supernova: NASA conseguiu registrar detalhes dessa explosão
São Paulo - A NASA divulgou imagens da supernova Kepler. Elas foram capturadas pelo Telescópio do Observatório de Raios X Chandra, lançado em 1999.
Uma supernova é uma explosão violenta que resulta na morte de uma estrela de elevada massa ou de uma anã branca. As supernovas podem se tornar mais brilhantes que toda a galáxia por certo tempo. Durante esse período, elas emitem tanta energia como o Sol emitirá ao longo de toda a sua vida.
Quando o astrônomo Johannes Kepler observou o surgimento de uma nova estrela, em 1604, ele não imagina que, na verdade, ele via remanescentes de uma supernova. Só foi possível chegar a essa conclusão porque a estrela era muito mais brilhante do que Júpiter no céu noturno e sua luz diminuiu com o decorrer das semanas.
Agora, a NASA conseguiu registrar detalhes dessa explosão. Isso é possível porque os fragmentos dessa supernova continuam ativos. Por isso, eles são monitorados pela equipe de cientistas do Observatório de Raios X Chandra.
A NASA ressalta que a imagem acima é o resultado de mais de 200 horas de observações feitas em 2006. As observações sugerem que a explosão pode ter sido muito mais poderosa e ter acontecido a uma distância muito maior do que se pensava até agora.
A imagem mostra variações nos níveis de energia capturados por meio de Raios X pelas cores: vermelho, amarelo, verde, azul e roxo. Ela também revela o formato adotado pela explosão estelar.
Essas várias cores obtidas pelo Raio X foram combinadas com uma imagem óptica que mostra as estrelas ao redor da supernova.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nasa descobre dois planetas ao redor de aglomerado de estrelas

14 de setembro de 2012 21h04 atualizado em 15 de setembro de 2012 às 10h14

Os planetas, conhecidos como júpiteres quentes, não são habitáveis. Foto: Nasa/Divulgação Os planetas, conhecidos como "júpiteres quentes", não são habitáveis
Foto: Nasa/Divulgação
Cientistas encontraram evidências pela primeira vez da existência de planetas que podem se formar e sobreviver ao redor de estrelas similares ao Sol apesar de integrarem densos aglomerados estelares, anunciou a Nasa nesta sexta-feira.
Os astrônomos descobriram duas órbitas similares às de Júpiter no Beehive Cluster, um aglomerado com cerca de mil estrelas ao redor de um centro comum. "Este tem sido um grande enigma para os caçadores de planetas", disse Sam Quinn, doutorando em Astronomia da Universidade do Estado da Geórgia, em Atlanta, e principal autor do artigo que descreve os resultados.
"Sabemos que a maioria de estrelas se forma em entornos agrupados, como na nebulosa de Orion, sendo assim, ao menos que este entorno denso iniba a formação de planetas, algumas estrelas similares ao Sol em agrupações abertas devem ter planetas", afirmou Quinn.
"Agora sabemos finalmente que estão aí", acrescentou, em um comunicado. A descoberta deixou os astrônomos desconcertados, pois eles tinham teorizado que planetas gasosos não podem se formar perto demais de uma estrela porque evaporariam.
A explicação mais disseminada até o momento é que os planetas se formam mais longe e em seguida migram para o exterior, mais perto da estrela. Levando em conta a relativa juventude das estrelas de Beehive, os planetas que acabam de ser descobertos poderiam ajudar os cientistas a desenvolver a teoria a respeito.
Se as estrelas são jovens, isto quer dizer que os planetas também devem ser, o que "estabelece uma limitação sobre a velocidade com que os planetas gigantes migram para dentro", disse Russel White, principal pesquisador do programa sobre as Origens do Sistema Solar da Nasa, financiador do estudo.
"Saber a que velocidade (os planetas) migram é o primeiro passo para descobrir como o fazem", emendou. A equipe descobriu os planetas Pr0201b e Pr0211b usando um telescópio Tillinghast de 1,5 m em um observatório do Arizona com o objetivo de medir o tremor gravitacional ao qual os planetas induzem suas estrelas-mãe.
Os cientistas tinham descoberto anteriormente dois planetas ao redor de estrelas maciças, mas ainda não tinham encontrado nenhum ao redor de estrelas similares à estrela que ocupa o centro do Sistema Solar.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Júpiter pode ter salvado a Terra de uma colisão mortal com asteroide ou cometa

Júpiter pode ter salvado a Terra de uma colisão mortal com asteroide ou cometa


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Por em 11.09.2012 as 14:30
Astrônomos amadores observaram na segunda-feira (11) um enorme flash muito brilhante em Júpiter, provavelmente resultado de um impacto no planeta.
Tal avistamento é parecido com outros que foram notados em 2009 e em 2010. O impacto mais recente foi relatado pela primeira vez pelo astrônomo amador Dan Peterson, de Wisconsin (EUA), que estava observando o maior planeta do nosso sistema solar quando o evento ocorreu.
“Foi um flash brilhante que durou apenas 1,5 a 2 segundos”, disse Peterson. Ele dividiu sua descoberta com outros astrônomos, que passaram a monitorar o planeta. Essa manhã (11), George Hall, um astrônomo amador de Dallas (EUA), conseguiu capturar o flash em vídeo.
O flash parece um sinal claro de que um asteroide ou cometa foi atraído pelo campo gravitacional de Júpiter, potencialmente nos salvando de uma ameaça de colisão cósmica. “É assustador ver quantas vezes Júpiter é atingido”, disse Hall.
Os impactos de Júpiter são de grande interesse para os astrônomos, tanto amadores quanto profissionais, porque eles são parte essencial do “jogo orbital” que moldou o nosso sistema solar. Astrônomos suspeitam que o campo gravitacional do gigante Júpiter serve como um “escudo cósmico”, varrendo os objetos que teriam um efeito mortífero se colidissem em nosso planeta. Alguns cientistas chegam até a dizer que, sem Júpiter, a vida na Terra não teria muita chance.
Então, o que pode ter acontecido ontem, em última análise, é que Júpiter mais uma vez salvou a nossa pele.
Mas os resultados da bravura do planeta nem sempre são visíveis. Cientistas especulam que os “intrusos cósmicos” sejam destruídos antes que tenham qualquer efeito visível no topo das nuvens de Júpiter. Em casos de objetos de maior peso, eles podem se quebrar e deixar marcas pretas na atmosfera do planeta. O caso do cometa Shoemaker-Levy 9, de 1994, é o mais notável da história recente.
Por enquanto, ainda não sabemos qual o tamanho do objeto que causou o flash dessa semana. Mas os astrônomos já estão trabalhando nisso, e mais observações e correções devem ser divulgadas em breve.[NBC, TML, Space]