segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nasa descobre dois planetas ao redor de aglomerado de estrelas

14 de setembro de 2012 21h04 atualizado em 15 de setembro de 2012 às 10h14

Os planetas, conhecidos como júpiteres quentes, não são habitáveis. Foto: Nasa/Divulgação Os planetas, conhecidos como "júpiteres quentes", não são habitáveis
Foto: Nasa/Divulgação
Cientistas encontraram evidências pela primeira vez da existência de planetas que podem se formar e sobreviver ao redor de estrelas similares ao Sol apesar de integrarem densos aglomerados estelares, anunciou a Nasa nesta sexta-feira.
Os astrônomos descobriram duas órbitas similares às de Júpiter no Beehive Cluster, um aglomerado com cerca de mil estrelas ao redor de um centro comum. "Este tem sido um grande enigma para os caçadores de planetas", disse Sam Quinn, doutorando em Astronomia da Universidade do Estado da Geórgia, em Atlanta, e principal autor do artigo que descreve os resultados.
"Sabemos que a maioria de estrelas se forma em entornos agrupados, como na nebulosa de Orion, sendo assim, ao menos que este entorno denso iniba a formação de planetas, algumas estrelas similares ao Sol em agrupações abertas devem ter planetas", afirmou Quinn.
"Agora sabemos finalmente que estão aí", acrescentou, em um comunicado. A descoberta deixou os astrônomos desconcertados, pois eles tinham teorizado que planetas gasosos não podem se formar perto demais de uma estrela porque evaporariam.
A explicação mais disseminada até o momento é que os planetas se formam mais longe e em seguida migram para o exterior, mais perto da estrela. Levando em conta a relativa juventude das estrelas de Beehive, os planetas que acabam de ser descobertos poderiam ajudar os cientistas a desenvolver a teoria a respeito.
Se as estrelas são jovens, isto quer dizer que os planetas também devem ser, o que "estabelece uma limitação sobre a velocidade com que os planetas gigantes migram para dentro", disse Russel White, principal pesquisador do programa sobre as Origens do Sistema Solar da Nasa, financiador do estudo.
"Saber a que velocidade (os planetas) migram é o primeiro passo para descobrir como o fazem", emendou. A equipe descobriu os planetas Pr0201b e Pr0211b usando um telescópio Tillinghast de 1,5 m em um observatório do Arizona com o objetivo de medir o tremor gravitacional ao qual os planetas induzem suas estrelas-mãe.
Os cientistas tinham descoberto anteriormente dois planetas ao redor de estrelas maciças, mas ainda não tinham encontrado nenhum ao redor de estrelas similares à estrela que ocupa o centro do Sistema Solar.

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