quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Nasa observa tempestade de poeira em Marte


Espaço

Nasa observa tempestade de poeira em Marte

Pela primeira vez desde os anos 70, a agência espacial americana consegue acompanhar fenômeno por meio de sonda orbital e de veículos exploradores na superfície do planeta

Ilustração da Mars Reconnaissance Orbiter
Ilustração da Mars Reconnaissance Orbiter, sonda orbital que acompanha a evolução da tempestade de poeira (Nasa/AFP)
A agência espacial americana (Nasa) revelou ter observado, por meio dos robôs exploradores Opportunity e Curiosity e da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), uma enorme tempestade de poeira na superfície de Marte, que produziu mudanças atmosféricas no planeta. É a primeira vez desde a década de 70 que a Nasa estuda esse tipo de fenômeno por meio de uma sonda orbital e de aparelhos na superfície de Marte.
No dia 16 de novembro, a sonda Mars Reconnaissance detectou um aquecimento da atmosfera cerca de 25 quilômetros acima da tormenta. Desde então, a temperatura já aumentou 25 graus Celsius. Tal aquecimento se deve à poeira levantada pela tormenta, que absorve mais luz solar.
NASA/JPL-Caltech/MSSS
mapa robôs marte tempestade
As setas brancas indicam a área na qual a poeira da tempestade é aparente na atmosfera. O mapa de 18 de novembro, produzido com imagens do Mars Reconnaissance Orbiter, mostra também a distância dos robôs exploradores Curiosity e Opportunity do fenômeno. 
A estação meteorológica do Curiosity também detectou mudanças atmosféricas ligadas à tormenta. Seus sensores registraram uma queda na pressão e um leve aumento nas temperaturas noturnas.
Já o Opportunity registrou uma redução da claridade causada pela poeira. Esse robô está a cerca de 1.300 quilômetros de distância da tempestade e poderá ter seu funcionamento afetado, já que seu abastecimento depende da energia solar. Não é o caso do veículo robótico Curiosity, que chegou ao equador marciano no dia 6 de agosto e é abastecido por um gerador nuclear.
"A tempestade cobre uma região bastante ampla", diz Rich Zurek, chefe científico para Marte do Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, Califórnia. Em 2001 e 2007, nessa mesma região, tormentas regionais viraram tempestades de alcance global, segundo Zureck.
"Queremos entender por que algumas tempestades chegam a este tamanho e depois deixam de crescer, enquanto outras continuam aumentando e se transformam em fenômenos globais", afirmou Zurek.
Depois de décadas de observação, os especialistas sabem que há um fator sazonal ligado às maiores tormentas de poeira marcianas. A mais recente delas começou há apenas algumas semanas, com o início da primavera no hemisfério sul marciano.
Vídeo – A partir das observações do Mars Reconnaissance Orbiter, a Nasa divulgou um vídeo, produzido pelo Malin Space Science Systems, no qual é possível observar as mudanças na atmosfera marciana na última semana, entre 12 e 18 de novembro. Os pontos brancos indicam a localização dos robôs que exploram a superfície de Marte, o Opportunity e o Curiosity. No final da semana, a tempestade cobria cerca de 10.4 milhões de quilômetros quadrados.



(Com agência France-Presse)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Astrônomo irá procurar por civilizações extraterrestres

NOTÍCIAS

20.11.12 | Atualizado 20.11.12 - 15h21 | Por Renato A. Azevedo

Astrônomo irá procurar por civilizações extraterrestres

Categoria: ASTROFÍSICA | ASTRONOMIA | TECNOLOGIA ALIENÍGENA
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Esferas de Dyson, de acordo com o astrônomo Geoff Marcy, podem ser localizadas pela tecnologia atual
SAIBA MAIS
Astrônomo diz que vida alienígena será encontrada em 20 anos Fotografado exoplaneta chamado de super-Júpiter Radiação em Marte não oferece riscos a astronautas
Geoff Marcy é um dos mais renomados astrônomos da atualidade, tendo descoberto nada menos que 70 dos primeiros 100 exoplanetas. Ele tem defendido acirradamente investimentos em novas tecnologias a fim de incrementar a pesquisa de mundos alienígenas, e recentemente sugeriu que o governo americano se comprometesse a enviar uma sonda ao sistema Alpha Centauri antes do final deste século.

Agora Marcy foi agraciado com uma bolsa de investimento no programa Novas Fronteiras em Astronomia e Cosmologia, ao lado de outros cientistas. A iniciativa foi financiada com uma duação da Templeton Foundation do Reino Unido, a fim de encorajar cientistas e estudantes para explorarem grandes e fundamentais questões desse campo de estudo.

A idéia de Marcy que tem recebido o maior destaque é procurar, nos dados do telescópio espacial Kepler, responsável pela descoberta de mais de 2300 candidatos a exoplanetas, sinais da presença de civilizações extraterrestres. Especificamente, o astrônomo pretende buscar evidências de grandes projetos de engenharia planetária ou solar, como Esferas de Dyson. Populares na ficção científica, essas estruturas podem de fato existir.

Nos anos 1950, o pesquisador Freeman Dyson especulou que civilizações altamente desenvolvidas, possivelmente o Tipo 2 da Escala de Kardashev, pudessem aproveitar todo o potencial energético de sua estrela natal envolvendo-a com uma concha, a Esfera de Dyson. Tornou-se logo claro que envolver um sol com uma esfera oca levaria a obstáculos tecnológicos quase intransponíveis, então a idéia foi retrabalhada no conceito do Enxame de Dyson.

Seriam grandes estruturas separadas, orbitando um sol distante, que servissem como estações captadoras da maior parte de sua emissão energética. O projeto de Marcy é buscar, nos dados coletados pelo telescópio Kepler, sinais de seguidos enfraquecimentos da luz estelar pela presença desses imensos coletores.

Anos atrás, o físico do Fermilab Richard Carrigan examinou dados do telescópio infravermelho IRAS [que, entre outros, descobriu o sistema solar em formação da estrela Vega, a 27 anos-luz, em 1983] buscando sinais de Esferas de Dyson. Ele buscava a assinatura infravermelha do calor estelar que escaparia de uma dessas estruturas. Carrigan realizou um estudo pioneiro de arqueologia cósmica, especulando também a respeito de sinais em atmosferas planetárias da presença de civilizações.

Marcy diz: "O Kepler já descobriu mais de 2000 mundos ao redor de outras estrelas, muitos deles menores do que duas vezes o tamanho da Terra, e vários destes com certeza devem possuir água na superfície. Esses planetas relativamente similares à Terra nos oferecem a primeira oportunidade de buscar espécies alienígenas que devem ter evoluído neles". A verba que caberá a Marcy, US$ 200000, também será utilizada para a utilização dos telescópios Keck no Havaí, em busca por comunicações extraterrestres com o uso de raios laser.

O cientista comenta: "Civilizações tecnológicas podem se comunicar com suas naves através da galáxia por raios laser, seja no espectro infravermelho ou na luz visível. Esses pulsos de laser podem ser detectados por outras civilizações, já que a potência está concentrada em um raio estreito, e que tem uma cor ou espectro específico. O laser se torna muito mais visível que a luz da estrela natal dessa civilização". Marcy está entre os mais ardorosos defensores de uma mudança de paradigmas do SETI, o programa de busca por inteligência extraterrestre, e a aprovação de seu projeto aponta que está no rumo correto.

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Livro: UFOs na Rússia

DVD: UFOs: Evidências Definitivas

Astrônomos descobrem características do misterioso planeta anão Makemake

Equipe de cientistas, que incluiu brasileiros, usou conjunto de telescópios para observar o planeta anão no momento em que ele passou em frente a uma estrela distante

iG São Paulo | - Atualizada às

ESO/L. Calçada/Nick Risinger
Ilustração mostra superfície do planeta anão Makemake
Uma equipe internacional de astrônomos, que inclui brasileiros, conseguiu descobrir características como tamanho, brilho e densidade do planeta anão Makemake. Os cientistas também constataram que Makemake não tem atmosfera. Ele é um dos cinco planeta anões do Sistema Solar, grupo no qual se inclui o recentemente rebaixado Plutão. Os astrônomos utilizaram três telescópios para observar o planeta anão no momento em que ele passou em frente a uma estrela distante.
"Quando Makemake passou em frente da estrela, a radiação emitida por esta foi bloqueada, a estrela desapareceu e apareceu muito abruptamente, em vez de desaparecer lentamente e depois ficar gradualmente mais brilhante. Isto significa que o pequeno planeta anão não tem uma atmosfera significativa," disse em comunicado José Luis Ortiz, do Instituto de Astrofísica de Andalucía, na Espanha, e autor principal do estudo publicado no periódico científico Nature.
Observações anteriores do gélido Makemake mostraram que este corpo é similar aos outros planetas anões, o que levou os astrônomos a pensarem que ele possuiria uma atmosfera semelhante à de Plutão. No entanto, este novo estudo mostra que, tal como Éris, Makemake não é rodeado por uma atmosfera significativa.

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Makemake tem cerca de dois terços do tamanho de Plutão e viaja em torno do Sol numa órbita mais distante que este, mas mais próxima do Sol do que Éris, o planeta anão de maior massa conhecido no Sistema Solar.
"Pensava-se que Makemake tivesse desenvolvido uma atmosfera - o fato de não haver sinais de uma, mostra apenas o quanto temos ainda a aprender sobre estes corpos celestes misteriosos. Descobrir as propriedades de Makemake pela primeira vez é um grande passo para frente no estudo deste grupo seleto de planetas anões gélidos."
A ausência de luas do Makemake e a grande distância da Terra torna difícil o seu estudo. As novas observações da equipe acrescentam mais detalhes sobre o conhecimento deste corpo celeste. Os astrônomos afirmam que foi possível determinar seu tamanho de forma mais precisa, limitar a hipótese de uma possível atmosfera e estimar a densidade do planeta anão pela primeira vez.
Os dados também permitiram medir qual a quantidade de luz solar que é refletida pela superfície do planeta - o seu albedo. O albedo de Makemake é cerca de 0,77, comparável ao da neve suja, maior que o de Plutão, mas menor que o do Éris.
"Plutão, Éris e Makemake estão entre os maiores exemplos dos inúmeros corpos gélidos que orbitam muito longe do Sol," diz José Luis Ortiz. "As nossas novas observações fizeram avançar muito o conhecimento sobre um dos maiores, Makemake. Poderemos agora usar esta informação para explorar mais a fundo os intrigantes objetos que se situam nesta região do espaço."

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


A Terra e a Lua são mais novas do que se pensava


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Por em 14.06.2010 as 15:41
Basicamente, uma nova pesquisa está provando que a Terra e a Lua não foram formadas há 4,5 bilhões de anos, como se pensava, mas bem antes.
Tanto a Terra como a Lua foram criadas a partir de uma colisão de dois planetas (do tamanho de Marte e de Vênus, aproximadamente) – até agora acreditava-se que a colisão havia ocorrido há 4,5 bilhões de anos atrás, mas evidências químicas estão provando que o choque aconteceu posteriormente.
Examinando a presença de elementos radioativos na crosta terrestre, eles concluíram que a Terra foi formada 150 milhões de anos após o sistema solar nascer.
Mas como determinamos a idade do planeta se nós não estávamos lá, vendo ele nascer?
Os cientistas analisaram isótopos de tungestênio, que seriam formados quando os planetas se chocaram. Mas estudos mais aprofundados desses isótopos mostraram que eles podem ter se formado antes da colisão. Logo, a Terra seria bem mais nova do que antes se considerava. [MSNBC]

Lista de planetas com mais chance de ter vida


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Por em 28.11.2011 as 12:00
Cientistas formaram uma lista de luas e planetas com mais tendência a abrigar vida extraterrestre.
Entre os mais habitáveis está a lua de Saturno, Titã, e o exoplaneta (que orbita outro sistema, que não o solar) Gliese 581g, que está a 20,5 anos-luz de distância, na constelação de Libra.
No estudo, os autores propuseram dois índices diferentes: um de similaridade com a Terra e outro de planeta habitável.
“A primeira questão é se existem condições como as da Terra, já que sabemos por experiência que elas podem abrigar vida”, comenta o membro do grupo, Dirk Schulze-Makucj, da Universidade Estadual de Washington. “A segunda é se os planetas têm condições que sugerem a possiblidade de outras formas de vida, conhecidas ou não”.
Para a primeira condição, são considerados fatores como tamanho, densidade e distância da estrela pai.
A segunda é diferente: se a superfície é rochosa ou gasosa, e se possui um campo atmosférico ou magnético. Também se leva em conta a energia disponível para qualquer organismo, como luz de uma estrela pai ou interações gravitacionais com outros objetos, que podem aquecer um planeta ou lua internamente.
E finalmente, o segundo critério também analisa a química – como os compostos orgânicos presentes – e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
O valor máximo estipulado para a similaridade com a Terra foi de 1. O maior valor atingido fora do nosso sistema solar foi o de Gliese 581g (que tem a existência colocada em dúvida por alguns astrônomos), com 0,89, e outro exoplaneta orbitando a mesma estrela, o Gliese 581d, com 0,74.
O sistema Gliese 581 tem sido estudado por astrônomos e contém quatro – possivelmente cinco – planetas orbitando uma estrela vermelha anã.
O HD 69830d, um exoplaneta do tamanho de Netuno, que orbita uma estrela diferente na constelação de Puppis, também conseguiu uma boa avaliação (0,6). Pensa-se que ele está na Zona Cachinhos Dourados, uma região ao redor da estrela pai onde as temperaturas superficiais não são nem quentes nem frias para a vida.
Em nosso sistema solar, a maior graduação ficou com Marte (0,7) e Mercúrio (0,6).
Para a segunda questão, da habitabilidade, os resultados foram diferentes. O melhor por aqui foi a lua de Saturno, Titã, que conseguiu 0,64, seguida de Marte (0,59) e a lua de Júpiter, Europa (0,47), que se imagina conter água abaixo da superfície.
No campo dos exoplanetas, os melhores foram novamente Gliese 581g (0,49) e Gliese 581d (0,43).
Nos últimos anos, a busca por planetas habitáveis fora do nosso sistema solar tem subido muitos degraus. O telescópio Kepler, da NASA, lançado em 2009, já encontrou mais de 1.000 candidatos.
Telescópios futuros talvez consigam detectar os chamados “marcadores de vida” na luz emitida pelos planetas, como a clorofila, o pigmento presente nos vegetais.
Lista “Similaridade com a Terra”
Terra – 1,00
Gliese 581g – 0,89
Gliese 581d – 0,74
Gliese 581c – 0,70
Marte – 0,70
Mercúrio – 0,60
HD 69830 d – 0,60
55 Cnc c – 0,56
Lua – 0,56
Gliese 581e – 0,53
Lista “Habitalidade”
Titã – 0,64
Marte – 0,59
Europa – 0,49
Gliese 581g – 0,45
Gliese 581d – 0,43
Gliese 581c – 0,41
Júpiter – 0,37
Saturno – 0,37
Vênus – 0,37
Enceladus – 0,35.[BBC]

Nada de água: vida alienígena é mais provável em planetas desérticos


Nada de água: vida alienígena é mais provável em planetas desérticos


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Por em 6.09.2011 as 18:00
Quem disse que alienígenas gostariam de viver em um planeta parecido com a Terra? Um novo estudo mostra o contrário. Ao invés de aquosos, os planetas mais habitáveis podem ser desérticos, como o mundo retratado no filme clássico de ficção científica “Duna”.
E essa não é a única conclusão surpreendente. O estudo também sugere que o ardente Vênus – onde a temperatura média da superfície é de 460 graus Celsius – poderia ter sido um deserto habitável até relativamente pouco tempo atrás, há 1 bilhão de anos.
Normalmente, as buscas pela vida em outros lugares do universo têm sido guiadas pelo fato de que na Terra, em quase todos os lugares em que há água, existe vida. Por isso, os “planetas água”, com muita água líquida na superfície, são sempre alvos importantes.
Esses mundos aquáticos poderiam ser terrestres, em grande parte cobertos por oceanos, como a Terra, ou realmente “planetas oceanos”, completamente cobertos por uma camada de água com centenas de quilômetros de profundidade – como Ganímedes, a lua congelada de Júpiter.
Mas, para ser habitável, água definitivamente não é o suficiente. Para que a vida possa ser possível, os planetas água devem orbitar sua estrela em uma região chamada “zona Cachinhos Dourados”, em que não há nem muito calor, nem muito frio.
Afinal, se os planetas estão muito longe do sol, eles congelam. E se estão muito próximos, o vapor se acumula na atmosfera, prendendo o calor que vaporiza ainda mais água, levando a um efeito estufa que ferve todos os oceanos do planeta – foi isso que aparentemente aconteceu com Vênus.
Eventualmente, esses planetas ficam tão quentes que forçam o vapor d’água na atmosfera o suficiente para que ele se dividida em hidrogênio e oxigênio pela luz ultravioleta. O hidrogênio, em seguida, escapa para o espaço, e o oxigênio possivelmente reage com a superfície em fundição e é incorporado ao manto. Assim, a atmosfera do planeta perde toda a sua água ao longo do tempo.
Em vez de planetas aquáticos com água em abundância ao longo da superfície, os pesquisadores investigaram como poderiam ser os planetas desérticos. Eles podem não ter oceanos e serem vastos e secos desertos, mas talvez tenham alguns oásis que possibilitem a vida.
O planeta Arrakis, descrito pelo filme “Duna”, é um exemplo excepcionalmente bem desenvolvido de um planeta nesses moldes que poderia ser habitável. Arrakis é uma versão maior, mais quente e mais habitável do que Marte, com uma atmosfera de oxigênio respirável e regiões polares frescas e úmidas o suficiente para produzir pequenas gotas de orvalho pela manhã.
Cientistas argumentam que a escassez de água em um planeta pode realmente ajudá-lo a ter uma maior zona habitável, e pode haver várias razões para isso. Um planeta seco tem menos água para se tornar um globo de neve e gelo, que reflete a luz solar de volta para o espaço. Ele pode, a princípio, absorver mais calor para resistir ao congelamento global.
Além disso, a escassez de água na atmosfera de um planeta seco torna-o menos quente do que um planeta aquático, ajudando a evitar um efeito estufa descontrolado. Com a menor quantidade existente de água na atmosfera, também há menos radiação ultravioleta para dividir o vapor em hidrogênio e oxigênio.
Pesquisadores fizeram experimentos com modelos tridimensionais da Terra, representando o clima em diferentes condições. Eles descobriram que uma zona habitável de um planeta seco foi três vezes maior do que um planeta aquático – o que demonstra que nosso ponto azul no universo pode não ser o único modelo de planeta habitável.
No mesmo experimento, pesquisadores descobriram que o congelamento completo de um planeta aquático ocorre quando a quantidade de luz solar cai para abaixo de 72 a 90% do que a Terra recebe, dependendo de como seu eixo de rotação é inclinado para o sol.
Já os planetas secos resistem melhor ao congelamento global. Para que eles sejam completamente congelados, a luz do sol deve estar abaixo de 58 a 77%. Isso significa que planetas secos podem estar localizados mais longe de suas estrelas e ainda sim permanecerem potencialmente habitáveis.
O cientista planetário Jim Kasting, da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, que não fez parte do estudo, afirma que essa é uma pesquisa inteligente, mas que não vai realmente ajudar a encontrar novos planetas habitáveis, sejam eles de terra ou de água.
Planetas aquáticos como o nosso vão continuar sendo procurados. Planetas como Arrakis, de “Duna”, podem ser dificilmente observados por nossos telescópios. “Eu não acredito que isso vai mudar nossas estratégias para procurar a vida à distância”, afirmou Kasting.
Mas pesquisadores do estudo discordam, e dizem que a água está se mostrando tão onipresente que não pode ser considerada como um atestado de habitabilidade de um planeta.
Os cientistas salientam que não estão à procura de planetas que sejam habitáveis de forma permanente, apenas aqueles que podem ser habitáveis por tempo suficiente para a vida. Até porque nenhum planeta é habitável permanentemente.
A própria Terra pode um dia tornar-se um mundo deserto. Com o envelhecimento do nosso sol, a radiação possivelmente irá acabar com a água líquida do planeta, a dividindo em hidrogênio e oxigênio. No entanto, cientistas calculam que a Terra ainda pode permanecer habitável por bilhões de anos antes que o sol comece a morrer.
Uma questão interessante sobre habitabilidade sem dúvida é Vênus, o planeta mais quente do sistema solar. Supondo que Vênus teve oceanos de água líquida, os cálculos dos pesquisadores sugerem que é possível que Vênus tenha passado por um período em que era um planeta seco, mas habitável.
Pesquisas futuras poderão investigar mais precisamente como planetas possivelmente habitáveis no passado, como Vênus, podem ter sido. [Space]

Estrelas anãs vermelhas ameaçam a vida alienígena

Estrelas anãs vermelhas ameaçam a vida alienígena


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Por em 17.01.2011 as 20:24
Um estudo com 200.000 anãs vermelhas, o tipo mais comum de estrelas em nossa galáxia, descobriu que elas liberam frequentes explosões solares, o que poderia ser fatal para a vida em planetas próximos.
As maiores erupções desencadeiam fluxos de partículas que podem devastar a atmosfera – ou habitantes – dos planetas. As labaredas solares são flashes de luz de quase todas as cores, juntamente com fluxos de partículas carregadas.
Prótons de alta energia, por exemplo, podem reagir com a atmosfera para destruir o ozônio, fazendo com que um planeta tenha uma atmosfera susceptível aos raios ultravioleta que são conhecidos por danificar o DNA. São efeitos drásticos e duradouros.
Você quer saber com que frequência essas erupções acontecem? O estudo, focado em uma pequena região do céu ao longo de sete noites, com mais de 200.000 estrelas, viu mais de 100 explosões de alta energia, algumas de intensidade enorme, que alteraram o brilho das estrelas brevemente em até 10%.
O resultado é particularmente relevante dada a recente descoberta de que existem três vezes mais estrelas anãs vermelhas do que se pensava anteriormente. Essas explosões poderosas são um mau presságio para qualquer biologia possível em qualquer planeta.
Assim, enquanto o número de exoplanetas está crescendo rapidamente, junto com a esperança implícita de encontrar planetas com condições adequadas para a vida, muitas perguntas permanecem sobre a habitabilidade a longo prazo que a Terra tem desfrutado. O que a fez melhor do que outros planetas?
Segundo os cientistas, é extraordinário pensar que essas estrelas numerosas, as menores em nossa galáxia, colocam tamanha ameaça à vida. [BBC]

Trio de estrelas vermelhas intriga astrônomos

Trio de estrelas vermelhas intriga astrônomos


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Por em 13.04.2011 as 2:57
O telescópio Kepler fez uma descoberta recentemente que tem intrigado os cientistas: três estrelas foram observadas “dançando” graciosamente, mas desacompanhadas de melodia.
A maioria das estrelas gera grandes sons em seu interior enquanto orbita, e o Kepler é capaz de detectar a mudança resultante disso na luz que elas emitem.
O estudo dos sons dentro das estrelas é conhecido como astrosismologia. O Kepler já mediu o “som” de mais de 500 estrelas. Conforme os processos de convecção dentro das estrelas movem massas de material a partir do núcleo, ondas de grande pressão (em essência, ondas sonoras de frequência muito baixa) são criadas.
Como os gases são comprimidos e rarefeitos, mudanças de temperatura levam a mudanças na luz que sai das estrelas. Os sons dentro das estrelas oferecem pistas sobre elas, e podem ser inferidos a partir dessas pequenas mudanças na “curva de luz” que os telescópios medem.
No entanto, os astrônomos afirmam que uma nova gigante vermelha identificada é inesperadamente quieta. A HD181068A é orbitada por duas estrelas menores, anãs vermelhas, que orbitam uma a outra.
Isso já é um caso incomum – o sistema “triplamente eclipsar”. Do ponto de vista de Kepler, as duas estrelas binárias menores passam em frente uma da outra à medida que orbitam, passando na frente da gigante vermelha.
Essas conclusões vêm das quantidades minúsculas de luz bloqueadas por cada estrela que o Kepler mede. Não é a primeira vez que um sistema eclipsar triplo é identificado; a honra vai para KOI 126, descoberto em fevereiro.
Mas o silêncio da nova gigante vermelha confundiu os pesquisadores. Segundo eles, a estrela deveria pulsar. Toda gigante vermelha mostra algumas oscilações (a superfície deve mostrar algumas ondas na curva de luz) que podem ser estimadas. A HD181068 não mostra.
Os cientistas acreditam que as forças gravitacionais que trabalham entre as três estrelas podem “amortecer” essas oscilações na superfície da gigante. Isso porque as duas estrelas menores orbitam uma a outra em 0,9 dias, enquanto o esperado período de oscilações entre os sons da gigante vermelha é quase exatamente a metade. Pode ser que o par binário pare as oscilações da gigante vermelha passando pela superfície da estrela nos momentos certos.
Outros astrônomos têm teorias diferentes. Quando as estrelas estão em um sistema binário ou triplo, e uma delas queima todo seu hidrogênio e se torna uma gigante vermelha, se estiver perto o bastante pode começar a “doar” uma parte de seu material para outras estrelas. Esta é apenas uma evidência circunstancial, mas talvez a estrutura interna da gigante não seja mais a mesma, o que de alguma forma afeta sua capacidade de pulsar.
De qualquer forma, as descobertas de Kepler significam que outros exemplos de sistemas deste tipo podem aparecer em breve. Eles não devem ser tão raros, e provavelmente os cientistas vão descobrir mais sobre eles daqui uns anos, podendo dar melhores explicações a respeito. [BBC]

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Monstruosas estrelas “impossíveis” são mal compreendidas


Monstruosas estrelas “impossíveis” são mal compreendidas


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Por em 14.08.2012 as 2:05
De acordo com nossos padrões, elas não deveriam existir, mas estão lá, impávidas: quatro estrelas gigantes, cada uma 300 vezes mais massiva do que o nosso sol.
Localizadas no agrupamento estelar R136, na Nebulosa da Tarântula, essas estrelas estão cercadas por exemplares mais “modestos”, com massas que não chegam a ser 150 vezes maiores que a do sol. “A suposição de um limite máximo de 150 massas solares tem sido central em nossa teoria sobre a formação de estrelas há tempos”, ressalta o astrofísico Sugata Kaviraj, do Colégio Imperial de Londres (Inglaterra). Não é por acaso que, desde que foram descobertas em 2010, essas “estrelas-monstro” são consideradas verdadeiras aberrações.

A hipótese das fusões estelares

Em busca de uma explicação plausível para tal fenômeno, um grupo de pesquisadores da Universidade de Bonn (Alemanha) testou a hipótese de que essas “estrelas-monstro” não “nasceram” grandes, mas resultaram de fusões de estrelas menores.
Para isso, eles desenvolveram uma simulação de computador que traçou as interações de mais de 170 mil estrelas de um agrupamento próximo ao R136, e com características similares.
Na simulação, muitas estrelas estavam a pouca distância uma das outras. Nesse ambiente denso, a pouca estabilidade era perturbada por colisões entre as estrelas, que podiam resultar em fusões e gerar “estrelas-monstro”, com massas que desafiam as leis que conhecemos.
Para que o fenômeno se concretize, é necessário que as estrelas de um agrupamento estejam muito próximas e, além disso, sejam jovens o bastante para não ser logo desgastadas por ventos estelares. “Essas estrelas massivas sempre têm fortes ventos e perdem massa rapidamente”, explica Sambaran Banerjee, um dos responsáveis pelo estudo. “Depois de cerca de 1,5 milhão de anos o vento se torna particularmente forte e a estrela entra na chamada Fase de Wolf-Rayet. Depois de mais 500 mil anos, ela passa a ter o mesmo tamanho, similar ao daquelas que lhes deram origem”.
Paul Crowther, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), liderou as primeiras observações das quatro estrelas-monstro e considera que tanto a simulação quanto a hipótese sustentada são bastante plausíveis. Banerjee, por sua vez, prefere que, no lugar de “monstros”, elas sejam chamadas de “superestrelas”.[New Scientist]

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Descoberta “Super-Terra”

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Descoberta “Super-Terra” que teria ciclo do dia e da noite parecido com o do nosso planeta

Descoberta “Super-Terra” que teria ciclo do dia e da noite parecido com o do nosso planeta

08 de novembro de 2012

Um novo candidato a planeta habitável foi descoberto por um grupo internacional de pesquisadores após análise dos dados do espectrógrafo Harps, do ESO (Observatório Europeu do Sul). Trata-se do HD 40307g, classificado como uma Super-Terra, que seria o sexto planeta a orbitar a estrela HD 40307, a 44 anos-luz da Terra.

O exoplaneta está a uma distância de 90 milhões de quilômetros da estrela, o que o coloca na chamada “zona habitável”, a região de um sistema planetário onde a água líquida pode existir na superfície de um planeta. O planetas Terra e Marte, por exemplo, orbitam a zona habitável do nosso sol.

A massa do HD 40307g é ao menos sete vezes a da Terra e para ele fazer a rotação em torno Sol são necessários 197.8 dias terrestres. Além disso, de acordo com os pesquisadores, o exoplaneta teria os o ciclo da noite e do dia parecido com o da Terra, o que aumentaria as expectativas de encontrar um ambiente para o desenvolvimento de alguma forma de vida. A pesquisa foi conduzida por Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, e Guillem Anglada- Escudé, da Universidade de Göttingen, na Alemanha.

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