quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Incrível brilho de estranho buraco negro intriga cientistas

27/11/2013 | Postado em Astronomia

Incrível brilho de estranho buraco negro intriga cientistas

Um sistema com um buraco negro e uma estrela  em uma galáxia vizinha é duas vezes mais brilhante do que os astrônomos acreditavam ser possível.
Buraco negro e uma estrela
A incrível luminosidade do sistema em questão, que reside a cerca de 22 milhões de anos-luz da Terra, na Galáxia do Cata-Vento, pode exigir uma reavaliação das teorias que explicam como alguns buracos negros irradiam energia, segundo os pesquisadores.
Os astrônomos estudaram um sistema chamado ULX-1, que consiste de um buraco negro e uma estrela companheira que orbitam um ao outro. O buraco negro de ULX-1 gera quantidades prodigiosas de luz de raios-X energéticos.
Esta luz é tão intensa que os astrônomos tinham suspeitado que ULX-1 contivesse um buraco negro de massa intermediária – que abriga entre 100 e 1.000 vezes a massa do sol. Mas o novo estudo sugere que o buraco negro é realmente pequeno. [É possível recuperar um objeto que caiu em um buraco negro?]
A equipe de pesquisadores, liderada por Jifeng Liu, da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, estudou ULX-1 utilizando o Observatório Gemini, no Havaí, e duas naves espaciais da NASA: o Telescópio Espacial Hubble e o observatório de raios-X Chandra.
Uma análise espectroscópica revelou que a estrela de ULX-1 é uma grande e quente estrela conhecida como Wolf-Rayet. Com essas informações em mãos, a equipe foi capaz de inferir a massa da estrela, atrelando-a em 19 vezes a massa do sol.
Os pesquisadores também descobriram que a estrela e o buraco negro orbitam-se uma vez a cada 8,2 dias. Isto permitiu estimar a massa do buraco negro entre 20 e 30 vezes a massa do sol.
Os pesquisadores ainda não descobriram porque ULX-1 emite tanta luz raios-X. É possível, segundo os pesquisadores, que o buraco negro possa estar se alimentando do vento estelar da companheira – a corrente de partículas carregadas que flui da atmosfera da estrela.
Esse mecanismo já foi considerado muito ineficiente para gerar toda a luz observada, mas ULX-1 pode fazer com que teóricos voltem a trabalhar em sua prancheta de estudos.
“Nosso trabalho mostra que a compreensão do mecanismo da emissão de radiação dos buracos negros está incompleto e precisa de uma revisão”, disse Liu. [Space]

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Os 7 piores dias do planeta Terra

Os 7 piores dias do planeta Terra

Por em 20.03.2013 as 14:16 O planeta Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, e nestes anos já viu muitos dias ruins (realmente ruins, com colisões planetárias, chuvas de fogo, gelo de polo a polo, nuvens tóxicas e tudo o mais). Confira sete dos piores dias que o globo já passou:

7. O impacto com Theia

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A formação do planeta Terra foi um período de grandes impactos.
O que era um anel de gás e poeira foi formando “grumos”, que por sua vez se juntaram para dar forma ao planeta. Depois de alguns milhões de anos, a crosta da Terra já havia esfriado e solidificado, quando uma aproximação com um outro planeta acabou da pior forma possível: em uma colisão que lançou a atmosfera e parte da crosta terrestre no espaço.
O planeta hipotético que teria colidido com a Terra no início da sua “vida” recebeu o nome de Theia, e teria se formado ao mesmo tempo que o nosso, na mesma órbita. Com 10% da massa da Terra, mais ou menos o tamanho de Marte, o núcleo de Theia afundou e se tornou parte do núcleo terrestre, enquanto um pedaço de sua crosta se misturou a nossa crosta e também à massa que entrou em órbita.
Essa massa que entrou em órbita formou primeiro um disco de matéria, como os anéis de Saturno, e depois se agregou em um novo corpo, a lua. Com sua órbita inclinada, o satélite estabilizou a rotação da Terra que, sem o seu constante puxão gravitacional, estaria sujeita ao dos outros planetas, o que desestabilizaria seu eixo.

6. O intenso bombardeio tardio

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Levou cerca de 150 milhões de anos para a crosta terrestre resfriar e se solidificar novamente, quando outro “dia ruim” chegou: o intenso bombardeio tardio.
Por alguma razão desconhecida, depois que os planetas rochosos já estavam formados (e por isto o nome de “tardio”), uma chuva intensa de trilhões de asteroides e cometas atingiu o sistema solar interior. As causas podem ser alguma instabilidade nas órbitas dos gigantes gasosos, embora existam outras hipóteses.
Neste bombardeio, asteroides imensos atingiram o planeta. Alguns cientistas supõem que foi um período em que a vida se formava para em seguida ser apagada por um asteroide, e isto teria se repetido várias vezes.
Mas não há evidências na crosta terrestre deste bombardeio, que durou cerca de 200 milhões de anos. Qualquer cratera da época, cerca de 4,1 bilhões de anos atrás, foi apagada pela erosão.
As evidências deste bombardeio estão na lua, que tem algumas de suas maiores crateras datando daquela época. Qualquer chuva de asteroides que tenha atingido o satélite naquela época certamente atingiu a Terra também, além de Vênus, Mercúrio e Marte.
Mas há um ponto positivo no intenso bombardeio tardio. Alguns cientistas especulam que os metais que utilizamos hoje, entre eles platina, prata e ouro, foram depositados por estes asteroides, já que os metais que faziam parte do planeta teriam mergulhado para seu centro durante a fase em que a Terra estava liquefeita.

5. Terra bola de neve

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Este foi um cataclismo que durou centenas de milhares de anos, chamado Terra bola de neve, um período em que a Terra congelou completamente. E não só uma vez, mas várias vezes.
Durante uma era do gelo típica, as geleiras avançam dos polos em direção ao equador, atingindo, do lado norte, as regiões que hoje correspondem à Nova Iorque, nos Estados Unidos, e Paris, na França. Mas quando aconteceram os eventos “Terra bola de neve”, toda a superfície do planeta congelou, de polo a polo.
Os piores episódios de congelamento do planeta teriam acontecido primeiro a 2,4 bilhões de anos, e depois, 600 milhões de anos atrás. Não há evidências diretas destes períodos de congelamento, mas a hipótese da Terra congelada explica porque há depósitos de glaciares em áreas que já foram o equador do planeta.
E o que teria causado este cataclismo gelado? Talvez a própria vida. Quando surgiu a vida, o gás que ela respirava era metano, um gás de efeito estufa, que teria mantido o planeta aquecido até que surgiu a clorofila na Terra, e os microrganismos passaram a produzir oxigênio.
O oxigênio oxidou o metano e produziu dióxido de carbono, e as criaturas que viviam de metano morreram na assim chamada catástrofe do oxigênio. O desaparecimento da camada de metano acabou com o efeito estufa da época, e o planeta congelou.
A era do gelo provavelmente acabou por causa da atividade vulcânica do planeta, que era mais intensa na época, o suficiente para descongelar o planeta.
Curiosamente, depois de ambos os períodos de congelamento, a vida floresceu no planeta com vigor renovado, causando a diversificação de vida microbiana 2,4 bilhões de anos atrás, e a vida animal 600 milhões de anos atrás.

4. A extinção ordoviciana

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99% de todas a espécies que já existiram estão extintas, a maioria por causa de eventos de extinção em massa. O primeiro destes aconteceu durante o período ordoviciano, 450 milhões de anos atrás.
De todas as extinções em massa, a do ordoviciano é a mais misteriosa. Como ela aconteceu há mais tempo do que todas as outras, as pistas sobre o que ocorreu são as mais tênues.
A princípio, os cientistas acreditaram que a extinção foi causada por uma era do gelo, mas uma nova hipótese está se formando: a de que a Terra foi banhada por um disparo de raios gama. Este tipo de evento acontece quando uma estrela explode ao longo de seu eixo, nas duas direções, norte e sul.
Um disparo de raios gama que atingisse a Terra vaporizaria 1/3 da camada de ozônio, expondo os seres vivos à doses letais de radiação e à radiação UV, prejudicial a nós. Além disso, o raio gama romperia as moléculas de nitrogênio e oxigênio, produzindo um nevoeiro de dióxido de nitrogênio, o que causaria um desastre secundário – uma era do gelo.
Não há certeza se a suposta era do gelo foi causada por um disparo gama, mas é certo que as criaturas vivas que se arrastavam na superfície e camadas mais altas do oceano sofreram um decréscimo enorme, sugerindo que foram mortas por raios UV.
Outra hipótese mais fantástica é a de que a Terra sofreu as consequências de uma onda de choque. A galáxia viaja por um fluxo de gás intergaláctico, e quando a Terra afasta-se acima ou abaixo do disco galáctico, é exposta a raios cósmicos causados pelo aquecimento deste gás na onda de choque à frente do sistema solar.
Isto acontece a cada 64 milhões de anos, o que corresponde a uma diminuição e aumento da biodiversidade da vida a cada 62 milhões de anos, que aparece no registro fóssil. Estarão ligados, estes eventos? É uma hipótese que ainda está sendo desenhada e não foi testada, mas parece poder explicar algumas extinções em massa na Terra.

3. A extinção KT

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A extinção KT (do nome das camadas que ela separa, o Cretáceo e o Terciário) é a mais famosa. Aconteceu há 65 milhões de anos e foi causada pela queda de um asteroide, Chicxulub, na região do Iucatã que tem o mesmo nome. Ela liquidou os dinossauros e abriu caminho para o domínio dos mamíferos.
A novidade é que existe uma hipótese de que o asteroide Chicxulub não foi o único causador da extinção KT; ele teria sido apenas um coadjuvante. Um derramamento de lava que jorrou material suficiente para cobrir mais de um milhão de quilômetros quadrados, jogando gases tóxicos na atmosfera que poderiam alterar o clima da Terra, parece ser o principal culpado.
Este derramamento de lava já estaria acontecendo quando o asteroide Chicxulub deu o golpe de misericórdia nos dinossauros, na época já em declínio.
Também pode ser que tal golpe de misericórdia tenha sido múltiplo, com vários asteroides atingindo a Terra – Chicxulub não seria nem o maior deles.
Os defensores dos múltiplos impactos apontam para uma estrutura misteriosa no fundo do mar próximo da costa da Índia, que recebeu o nome de cratera Shiva. Mas os críticos apontam que a estrutura pode nem mesmo ser uma cratera de impacto.
E para quem está se perguntando se poderemos ter o mesmo fim dos dinossauros, a resposta é sim. A passagem do asteroide 2012 DA14 e a explosão do meteoro sobre a Rússia servem de aviso – isto pode acontecer novamente. Foguetes e tecnologia serão suficientes para nos salvar?

2. A Grande Mortandade

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Esta é a maior extinção em massa do planeta Terra, e uma que ainda tem mistérios não resolvidos. Aconteceu a 250 milhões de anos atrás, e resultou na morte de 95% de todos os seres vivos que haviam no planeta. Mais vidas morreram então do que em qualquer tempo antes e depois, até hoje.
Durante décadas, os cientistas procuraram por pistas para a causa de tanta morte, e um dos culpados supostos seria um supervulcão da Sibéria cuja erupção durou um milhão de anos e produziu o maior fluxo de lava de que se tem notícia. O derramamento teria queimado plantas, liberando gases tóxicos e de efeito estufa, causando um aquecimento global.
O problema é que até as plantas que conseguem sobreviver com gás carbônico sucumbiram. O que poderia ter causado sua morte?
Recentemente, uma nova hipótese foi levantada: a de que houve também formação do gás sulfato de hidrogênio, que, combinado com o calor, poderia ter causado a extinção em massa da época.

1. Apocalipse Solar

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Em cinco bilhões de anos, o sol vai mudar: vai passar de anã amarela para gigante vermelha quando seu hidrogênio acabar e ele passar a fundir hélio para formar carbono. Neste processo, deve se expandir e ficar 200 vezes maior.
Enquanto expande, o sol vai engolir primeiro Mercúrio, depois Vênus, e talvez a Terra – o destino do nosso planeta ainda não é conhecido; ele pode ser empurrado para uma órbita mais alta ou engolido também.
De qualquer forma, o planeta Terra de então será bem diferente do atual.
A cada bilhão de anos, o sol fica 10% mais brilhante, o que significa que em menos de 1 bilhão de anos o planeta estará brilhante o suficiente para arrancar o gás carbônico da atmosfera, matando as pantas que dependem deste gás para crescer e realizar a fotossíntese.
E não é só isso. Para nossa desgraça (literalmente), os oceanos vão evaporar e toda a vida do planeta será extinta. A Era dos Animais deve terminar em cerca de 500 milhões de anos.[The Universe: Worst Days on Planet Earth]

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Terra que não deveria existir

A Terra que não deveria existir

Astrônomos pela primeira vez conseguiram determinar tanto a massa como o diâmetro de um planeta de porte similar ao da Terra fora do Sistema Solar. E o mais interessante de tudo: sua densidade é praticamente idêntica à do nosso planeta, indicando uma composição similar.
Concepção artística do planeta Kepler-78b, de composição similar à terrestre
O que faltou para ser um gêmeo da Terra foi uma órbita similar. Na verdade, o mundo Kepler-78b gira tão perto de sua estrela que, em tese, nem deveria existir.
O Mensageiro Sideral já o mencionou previamente, no momento em que sua descoberta havia sido anunciada pela equipe responsável pelo defunto satélite Kepler. Mas a técnica usada pela espaçonave para detectar planetas — que mede a redução de brilho da estrela causada pela passagem de mundos circundantes à frente dela — só permite estimar o diâmetro deles.
Agora, dois grupos independentes obtiveram estimativas da massa. Andrew Howard, da Universidade do Havaí em Manoa, e sua equipe usaram o Hires, espectrógrafo instalado no Observatório Keck. Já Francesco Pepe, da Universidade de Genebra, e seus colegas usaram o recém-instalado Harps-N, uma réplica do Harps que está instalado em La Silla, no Chile, voltada para o céu do hemisfério Norte.
Esses instrumentos permitem medir o puxão que o planeta provoca em sua estrela pela ação gravitacional, o que dá a possibilidade de estimar a massa. O primeiro grupo estimou a massa em 1,69 vez a da Terra. O segundo, em 1,86 vez. Os dois números são suficientemente próximos para que um sirva como confirmação de outro. Ambos foram publicados em artigos separados que saem na edição da amanhã do periódico científico “Nature”.
DENSIDADE GÊMEA
Ao dividir massa sobre volume, os cientistas obtêm a densidade. Como já sabiam o diâmetro (1,2 vez o da Terra) e agora obtiveram a massa, puderam calculá-la. O primeiro grupo chegou a 5,3 gramas por centímetro cúbico. O segundo, 5,57 gramas por centímetro cúbico. A densidade da Terra é de 5,52 gramas por centímetro cúbico.
Moral da história: temos aqui um planeta muito similar ao nosso, rochoso e com um núcleo predominantemente composto por ferro, orbitando uma estrela muito similar ao Sol — Kepler-78 é uma anã amarela, tipo G.
O que nos deixa apenas com o gosto amargo da órbita curta. Kepler-78b completa um ano em apenas 8h30. Para que se tenha uma ideia do que isso significa, durante o dia, sua estrela ocupa metade do céu, do horizonte até o zênite. E o calor acachapante inviabiliza a presença de vida.
Aliás, a órbita é tão curta que os astrônomos nem sabem explicar como o planeta pode ter ido parar lá. E estimam que ele não vá durar para sempre. As forças de maré produzidas pela estrela continuarão a encurtar sua órbita e a estressá-lo fisicamente, até que ele seja engolido pela estrela.  Os especialistas estimam que isso vá levar uns 3 bilhões de anos. A Terra, para efeito de comparação, tem 4,7 bilhões de anos de idade.
Kepler-78 fica a 400 anos-luz da Terra, na constelação de Cisne, e apesar de ser um planeta infernal traz boas notícias consigo: planetas com o mesmo perfil de composição da Terra devem ser bem comuns no Universo. O que anima os pesquisadores a buscar mundos similares em órbitas mais largas, que permitissem temperaturas amigáveis à vida.
Eu não duvidaria se até o final da década tivéssemos um punhado desses candidatos prontos para ter sua atmosfera sondada pelo Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble, que deve ser lançado em 2018.
O melhor ainda está por vir!
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As 14 melhores concepções de planetas alienígenas já criadas

As 14 melhores concepções de planetas alienígenas já criadasSempre que os astrônomos encontram um exoplaneta, eles somente podem imaginar como ele é, uma vez que nossos instrumentos ainda não são poderosos o suficiente para determinar todas as suas características.

Mas nossa imaginação tem uma porção de recursos visuais. E artistas já elaboraram uma variedade de imagens impressionantes para ilustrar os mais diversos tipos de planetas fora do nosso sistema solar.
Obs.: Clique nas imagens para ampliar
HD 189733b, um gigante de gás azul com uma temperatura de mais de 1000 graus Celsius e ventos de mais de 7.000 km/h. Está localizado a 63 anos-luz de nós.
HD 189733b
Um planeta com duas luas e anéis
Um planeta com duas luas e anéis
Amanhecer em um planeta distante
Amanhecer em um planeta distante
Planeta Calderis, do jogo Dawn of War II
Calderis
“Shattered” (destruído, em português)
Shattered
Planeta orbitando um pulsar
Planeta-pulsar
Chuva de meteoros no planeta I’KALX
Chuva de meteoros no planeta I'KALX
Exoplanetas habitáveis ​​descobertos pela NASA (da esquerda para a direita: Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e, Kepler-62F) e a Terra.
Planetas habitáveis
Exoplaneta 81 Ceti b, classificado como um “Super Júpiter” e localizado a 317 anos-luz de nós
Exoplaneta 81 Ceti b
Em torno da jovem estrela Beta Pictoris, localizada a 63 anos-luz da Terra
Beta Pictoris
Planetas e luas
Planetas e luas
O planeta extrasolar HD 102272 c, localizado a 1.200 anos-luz de distância na constelação de Leo
HD 102272 c
Eclipse alienígena
Eclipse alienígena
A morte de um planeta
A morte de um planeta

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sonda da Nasa acha elemento plástico em lua de Saturno

Sonda da Nasa acha elemento plástico em lua de Saturno

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Nasa descobriu, pela primeira vez na história da exploração espacial, a presença indiscutível de um elemento da composição do plástico de origem extraterrestre. O achado foi feito pela sonda Cassini, que faz pesquisas em Titã, a maior das luas de Saturno. O estudo foi publicado no periódico Astrophysical Journal Letters. O composto foi detectado na atmosfera deste satélite por um espectrômetro infravermelho (CIRS, na sigla em inglês) da Cassini, que identificou uma pequena quantidade de propileno, um hidrocarboneto inodoro e incolor, que é uma das maiores matérias-primas da indústria petroquímica. Esta substância é empregada na fabricação de recipientes para armazenamentos, para-choques de veículos, entre outros produtos.
 
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A identificação do material pelo equipamento CIRS comprova uma forte suspeita que existe desde as primeiras observações de Titã na década de 80, quando surgiram indícios de que haveria uma grande quantidade de hidrocarbonetos na atmosfera deste satélite de Saturno. O vice-presidente de pesquisas do projeto Cassini explicou que "esta é uma nova peça do quebra-cabeça que fornecerá uma prova a mais de até que ponto entendemos o universo químico que compõe a atmosfera de Titã."
 
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Assista o video do cientista planetário da Nasa, Conor Nixon, explicando a origem desse material (EM INGLÊS):



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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Superterra tem atmosfera rica em água, diz estudo


05/09/2013 - 03h12

Superterra tem atmosfera rica em água, diz estudo

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SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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Um grupo de astrônomos diz ter detectado a assinatura da atmosfera de um planeta que não tem análogo no Sistema Solar. E ela seria rica em água.
O trabalho foi liderado por Norio Narita, do Observatório Astronômico Nacional do Japão, e usou dois instrumentos do Telescópio Subaru para investigar uma superterra ao redor da estrela anã vermelha GJ 1214, localizada a 40 anos-luz da Terra. Infelizmente, esse mundo é quente demais para abrigar vida.
As superterras são planetas com tamanho intermediário entre os menores gigantes gasosos do Sistema Solar (Urano e Netuno) e os maiores planetas rochosos (Terra e Vênus).
Como não há correspondente em nosso sistema planetário, os astrônomos têm vários modelos de como podem ser esses mundos. Agora, com essa nova observação, eles parecem ter mais segurança de que não se trata de uma versão em miniatura de Netuno.
"Se fosse igual ao nosso Netuno deveria ter mais hidrogênio", afirma Cássio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) que não se envolveu com a pesquisa.
Divulgação/NAOJ
Concepção artística da estrela Gliese 1214, em azul, com o planeta GJ 1214b passando à sua frente, em preto
Concepção artística da estrela Gliese 1214, em azul, com o planeta GJ 1214b passando à sua frente, em preto
TRÂNSITO
Os pesquisadores têm a chance de analisar a atmosfera do planeta porque ele passa à frente de sua estrela periodicamente, num fenômeno conhecido como trânsito.
A luz da estrela, ao passar de raspão pelo invólucro gasoso daquele mundo, carrega sua "assinatura", que pode ser analisada pelos cientistas.
Contudo, não é fácil distinguir suas particularidades. O que os cientistas conseguiram ver é que não ocorre um espalhamento da luz que seria esperado se a atmosfera fosse rica em hidrogênio.
Sobra, portanto, o modelo que se apoia na grande presença de água. Mas os dados ainda não sugerem isso com absoluta confiança.
Por isso, os pesquisadores pretendem continuar observando, na esperança de obter mais medições que confirmem essa conclusão. O trabalho foi publicado no "Atrophysical Journal".

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Uma visita alienígena é mais fácil do que se pensava


Uma visita alienígena é mais fácil do que se pensava

Por  em 28.07.2013 as 13:00
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Um novo estudo sugere que, usando tecnologia avançada e efeitos gravitacionais, as vastas distâncias do tempo e do espaço podem ser superadas dentro das leis da Física, permitindo um contato imediato com uma facilidade surpreendente.
Usando o efeito estilingue para impulsionar sondas autorreplicantes através do espaço interestelar, uma civilização extraterrestre avançada deve ser capaz de visitar todos os cantos da galáxia em um surpreendentemente curto espaço de tempo. O Paradoxo de Fermi está de volta: a aparente contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências para tais civilizações ou o contato com elas.

Taxa exponencial de expansão

A hipotética sonda autorreplicante (SRP), ou sonda Von Neumann, é uma ideia que tem sido pensada desde a década de 1940. Criada pelo brilhante matemático John von Neumann, é um sistema não biológico que pode se replicar. Von Neumann não estava pensando em exploração e colonização do espaço na época, mas outros pensadores, como Freeman Dyson, Eric Drexler e Robert Freitas,adotaram sua ideia exatamente justamente para isso.
Uma vez lançada ao espaço, uma SRP poderia viajar para um sistema estelar vizinho, e por meio de aplicações da robótica, montagem molecular, e inteligência artificial, buscar recursos para construir uma réplica exata de si mesma. Tudo o que precisaria fazer é encontrar um asteroide com os recursos materiais adequados.
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Com base na sofisticação e finalidade da sonda, ela poderia estabelecer colônias em planetas apropriados (distribuir organismos biológicos ou robôs com inteligência artificial embutida, ou mesmo mentes pensantes virtualizadas). De forma mais simples, uma SRP poderia gerar sondas de Bracewell (uma sonda autônoma com o objetivo de procurar e se comunicar com civilizações alienígenas), o que poderia fazer contato com uma criatura inteligente ou uma civilização.
Depois da missão executada, ele geraria versões filhas de si mesmo, que seriam enviadas para o sistema estelar mais próximo.
O poder das SRP reside em sua capacidade de se replicar a uma taxa exponencial. A taxa inicial de exploração seria lenta, mas depois seria capaz de produzir, potencialmente, milhões e milhões de descendentes – a taxa de expansão aumentaria numa ordem de magnitude. Assim, mesmo a uma velocidade de cerca de um décimo da velocidade da luz, estas sondas podem abranger uma quantidade enorme de território num espaço de tempo relativamente curto, visto de uma perspectiva cosmológica.
O conceito da SRP tem alimentado grande parte do Paradoxo de Fermi, ou seja, a sugestão de que já deveríamos ter visto sinais de extraterrestres.

Estilingue dinâmico

E agora, com uma nova publicação de Arwen Nicholson e Duncan Forgan, do Instituto de Astronomia da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, o Paradoxo de Fermi apenas ficou consideravelmente pior.
Problemas potenciais ou inibidores para a propagação SRP incluem a energia e o tempo necessário para viajar a distância entre as estrelas – anos-luz. Uma sonda autoconstrutora requer motores de propulsão e uma fonte de combustível não só seria complicada, seria também muito demorada.
Mas, de acordo com o novo estudo, que foi publicado no Jornal Internacional da Astronomia, aliens (ou nossos descendentes no futuro) poderiam usar o efeito estilingue para impulsionar SRPs de estrela para estrela – um efeito já conhecido, usado para mover as sondas Voyager através do nosso sistema solar, pulando de planeta para planeta. Mas, para que funcione numa escala galáctica, as SRPs usariam manobras de estilingue em torno de estrelas, ganhando um impulso também a partir do movimento de cada estrela ao redor do centro galáctico – uma energia gigantesca, capaz de jogar estrelas e planetas pra fora da galáxia.
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Estas manobras têm pouco ou nenhum custo de energia extra.

A autorreplicação em tempo real

Curiosamente, Nicholson e Forgan assumiram a hipótese de que a sonda recolhe matéria (como poeira e gás) a partir do meio interestelar à medida que viaja através do espaço. Ela pode, literalmente, construir réplicas de si mesma enquanto está viajando – sem precisar de paradas.
“Uma sonda pai chega a nova estrela destino, e antes de se lançar no próximo estilingue enquanto dá voltas em torno da estrela, libera uma sonda réplica”, eles observam no estudo. “Tanto a sonda pai quanto a réplica usam o estilingue para aumentar a sua velocidade. À medida que o impulso de velocidade a partir de uma trajetória estilingue depende do ângulo entre as estrelas, a sonda pai e a réplica vão conseguir diferentes impulsos de velocidade, e assim terão diferentes estrelas destino”.
Usando esta técnica, uma civilização alienígena poderia enviar sondas que viajam mais rápido que 10% da velocidade da luz para cada sistema solar único na galáxia em apenas 10 milhões de anos – uma quantidade de tempo significativamente menor do que a idade da Terra.

Então, por onde andariam essas sondas?

Isto significa que uma civilização alienígena poderia (e deveria) ter chegado em nosso sistema solar até agora.
Então, onde estão as sondas? Ou as colônias?
A primeira e desapontadora possibilidade é que estamos de fato sozinhos, e não existe civilização alienígena para enviar as sondas. Mas isso é estranho e altamente improvável.
Também é possível que as sondas já estejam aqui, mas sejam invisíveis para nós. Ou não temos a tecnologia para detectá-las, ou elas estão ociosas esperando por algum momento ou ato nosso – quem sabe passarmos por algum tipo de teste ou limiar tecnológico.
Uma coisa é certa: conforme concluíram os pesquisadores, o estilingue até a estrela mais próxima continua a ser a maneira mais eficaz em tempo e esforço para explorar uma população de estrelas. [Io9Journal of Astrobiology]

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O misterioso hexágono de Saturno fotografado a partir de luz visível pela primeira vez

O misterioso hexágono de Saturno fotografado a partir de luz visível pela primeira vez

Por  em 2.05.2013 as 11:02
"A Rosa"
“A Rosa”
Desde sua descoberta, nos anos 1980, a tempestade hexagonal do polo norte de Saturno tem provocado curiosidade e especulações, até por parte dos cientistas. Recentemente, a sonda Cassini pode fazer uma passagem próxima e registrá-la em fotos e vídeo.
A partir desses dados, os cientistas sabem agora que o olho do furacão tem cerca de 2.000 km de diâmetro, 20 vezes maior que o tamanho médio do olho de um furacão terrestre. As nuvens finas e brilhantes na borda do furacão estão viajando a 150 metros por segundo dentro de uma estrutura maior, conhecida como o hexágono.
O furacão em Saturno tem diferenças substanciais em relação aos terrestres: praticamente não tem água, é muito maior, e gira a uma velocidade surpreendentemente rápida. Mesmo assim, ao estudar como o furacão de Saturno faz uso da pouca água do gigante, os cientistas esperam aprender alguma coisa sobre como são gerados e como se sustentam os furacões terrestres.
Outra diferença importante é que os furacões terrestres movem-se, enquanto este furacão parece estar preso no polo norte de Saturno. Possivelmente as mesmas forças que movimentam os furacões terrestres em direção ao norte mantenham o furacão de Saturno no seu polo norte.

Furacão antigo

A primeira imagem deste furacão e desta estrutura hexagonal foi feita pela sonda Voyager, quando passou pelo planeta na década de 1980. E a estrutura se manteve por mais de vinte anos, até a chegada da sonda Cassini.
Quando a nova nave chegou ao planeta, em 2004, o polo norte de Saturno estava escuro, pois era inverno naquele hemisfério. Ainda assim, a sonda captou imagens e dados com o espectrômetro de infravermelho.
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  • Misterioso hexágono de Saturno é fotografado de perto
  • O mapeamento de infravermelho revelou um enorme vórtex, mas uma imagem com luz visível só foi possível com a passagem do equinócio de Saturno, em agosto de 2009. E, para ver o polo, foi preciso modificar o ângulo da órbita da Cassini em torno de Saturno, uma manobra que depende da passagem pela lua Titã e requer planejamento cuidadoso, com anos de antecedência, para garantir que a espaçonave terá combustível para atingir outras órbitas planejadas e fazer outros encontros espaciais.
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    Nas imagens acima, as fotos que mostram o furacão na cor vermelha são imagens de cores falsas (tratadas para representar certos comprimentos de onda com cor diferente da natural, para destacar aspectos que os cientistas querem estudar).
    A primeira, chamada “A Rosa“, mostra nuvens baixas em vermelho e nuvens altas em verde. Esta imagem foi feita na verdade em novembro de 2012 e este tempo todo esteve sendo preparada para ser publicada. A imagem original, antes do processamento, pode ser vista aqui.

    quarta-feira, 3 de julho de 2013

    Foto: Zeta Ophiuchi, a “destruidora de mundos”

    Foto: Zeta Ophiuchi, a “destruidora de mundos”

    Por  em 19.12.2012 as 13:00
    Um monstro viaja pelo espaço: a estrela Zeta Ophiuchi, seis vezes mais quente, oito vezes mais larga, 20 vezes mais massiva e 80 mil vezes mais brilhante que o sol se desloca a uma velocidade igualmente impressionante de 24 quilômetros por segundo, ou seja, 86.400 km/h.
    A imagem acima, capturada pela NASA usando o Telescópio Espacial Spitzer, mostra a gigantesca estrela azul avançando sobre uma grande cortina de poeira espacial. Conforme se move, Zeta Ophiuchi emite fortíssimos ventos estelares, que carregam partículas de gás quente meio ano-luz à frente – “quase 800 vezes a distância entre o sol e Plutão”, segundo a NASA. “A velocidade dos ventos, somada ao movimento supersônico da estrela, resulta na espetacular colisão que vemos aqui”. Não é por acaso que a nuvem se desloca diante da estrela.
    O encontro entre o vento estelar e corpos espaciais é chamado de choque em arco (“bow shock”, em inglês) e normalmente emite luz visível mas, neste caso, por causa da cortina de poeira estelar, apenas certas ondas infravermelhas foram captadas pelo telescópio Spitzer.
    Felizmente, a monstruosa Zeta Ophiuchi está viajando a cerca de 370 anos-luz da Terra – com tamanha potência, não seria nada bom se ela resolvesse passar perto do nosso sistema solar.[Gizmodo] [NASA]

    quinta-feira, 27 de junho de 2013

    Três planetas habitáveis são descobertos orbitando uma estrela-mãe

    Por  em 26.06.2013 as 15:57
    Artist's impression of the Gliese 667C system
    Um estudo de colaboração internacional descobriu três planetas potencialmente habitáveis – um recorde – orbitando a mesma estrela.
    Estudos anteriores haviam sugerido que uma estrela próxima à Terra, Gliese 667C, tinha três planetas em sua órbita, dos quais apenas um podia suportar a vida. Localizada a cerca de 22 anos-luz de distância, Gliese 667C faz parte de um sistema de três estrelas – a vizinhança é uma das mais populosas do planeta.
    Agora, Guillem Anglada-Escudé da Universidade de Göttingen, na Alemanha e seus colegas reanalisaram os dados originais e adicionaram novas observações. Eles encontraram, na realidade, evidências de até sete planetas nesse sistema, incluindo três rochosos na zona habitável da estrela, onde as temperaturas são adequadas para a vida como a conhecemos.
    “Cinco [dos planetas] foram solidamente detectados por qualquer padrão”, explica Anglada-Escudé. “Isso inclui todos os três candidatos da zona habitável”.
    Esta é a primeira vez que três planetas de baixa massa são vistos na zona habitável de um mesmo sistema de estrelas, e é improvável que os astrônomos encontrarão mais– a região em torno de Gliese 667C já está lotada, o que torna impossível para outro planeta orbitar de forma estável.
    “O número de planetas potencialmente habitáveis em nossa galáxia é muito maior se pudermos esperar encontrar vários deles em torno de cada estrela – em vez de olhar para 10 estrelas, podemos olhar para apenas uma e encontrar vários deles”, argumenta Rory Barnes, da Universidade de Washington (EUA).
    original

    Alienígenas visitando alienígenas visitando alienígenas

    A equipe usou três espectrógrafos diferentes que podem detectar estrelas e planetas para observar o sistema. Gliese 667C é a estrela mais fraca do sistema triplo. Da superfície dos planetas em órbita em torno de Gliese 667C, as duas estrelas mais brilhantes seriam tão brilhantes quanto a lua cheia à noite e ainda brilhariam visivelmente durante o dia.
    Os cinco sinais mais fortes registrados pela equipe foram de planetas com 1,94 a 5,94 vezes a massa da Terra e menores que Netuno, o que os fez sugerir que são rochosos.
    Três estão dentro do que chamamos de zona habitável da estrela (uma órbita do tamanho de Mercúrio em torno do sol), uma distância adequada para garantir elementos como temperatura e água líquida para suportar a vida. Gliese 667C é mais fria e menos brilhante do que o nosso sol, o que torna possível para planetas com órbitas próximas permanecerem nesta zona.
    Estes três mundos estão perto o suficiente um do outro para que qualquer vida inteligente lá com capacidade de construir foguetes possa facilmente visitar seus vizinhos. “Foguetes maiores os levariam muito rapidamente de um planeta para o outro – um a dois meses, no máximo”, diz Anglada-Escudé.
    O próximo passo é encontrar uma forma de observar esses mundos à procura de sinais de vida – supondo que o novo trio de planetas habitáveis é mesmo real. Em 2010, dois pesquisadores foram aclamados e criticados quando alegaram ter encontrado o primeiro planeta rochoso potencialmente habitável em torno da estrela Gliese 581 – uma descoberta que outros não foram capazes de confirmar.
    Mas Anglada-Escudé não está preocupado: “Nós fizemos questão de ter muito cuidado e certeza neste momento”.[NewScientistHuffington]
    Como é o pôr-do-sol da Terra, e como seria nos três planetas da zona habitável da estrela
    Como é o pôr-do-sol da Terra, e como seria nos três planetas da zona habitável da estrela