Nas profundezas da Terra, entre o centro de ferro fundido e a fina camada na superfície, há uma parte de pedra sólida chamada de manto, ainda quente por causa da formação do nosso planeta há cerca de 4.6 bilhões de anos. Como as pedras são grandes isolantes, o calor demora para se dissipar.
Quando as pedras do manto se derretem, elas se transformam em magma, que chega à superfície através da crosta externa da terra, e libera os gases contidos. Quando a pressão é muito forte, vulcões entram em erupção. A pressão aumenta se a quantidade de magma que vai do manto da terra até o vulcão é alta. Por outro lado, a pressão pode aumentar dentro do cone de
magma do vulcão. Isso acontece porque quando o magma no cone começa a esfriar, ele libera gases que se expandem, aumentando a pressão. Quando a pressão é muito forte, as rochas que formam o vulcão racham, e o magma escapa pela superfície — é a erupção. Em alguns vulcões, a quantidade de magma que sai da terra é relativamente constante, então as erupções são frequentes; em outros, o magma sobe em bolhas a cada 100 ou até mesmo 1000 anos, por isso as erupções são raras.
Quando ainda é subterrâneo, este manto rochoso é chamado de magma. Assim que atinge a superfície e se derrama pelos lados de um vulcão, passa a se chamar lava. Geralmente, quanto mais quente a lava, mais fluida ela é, e mais rapidamente ela escorre. As lavas havaianas tendem a ser as mais quentes da escala. Quando entram em erupção, elas chegam a 1.175º C.
Em agosto de 1883, Krakatoa (ou Krakatau, em javanês), uma ilhota encravada no estreito entre as ilhas de Sumatra e Java, foi pulverizada numa das maiores explosões já registradas na história. Saldo da catástrofe: mais de 36.000 mortos, na maioria afogados por gigantescas paredes de água, os tsunamis, que invadiram as ilhas próximas. A hecatombe é contada em minúcias pelo geólogo inglês Simon Winchester em Krakatoa, o Dia em que o Mundo Explodiu. Alinhavando relatos sobre o cotidiano da região, documentos oficiais e dados científicos, Winchester delineia um quadro completo da situação social, econômica e política das então chamadas Índias Orientais, e mostra como um fenômeno geológico de grandes proporções pode afetar uma sociedade, e até mesmo toda a humanidade, por várias gerações. No caso do Krakatoa, o autor credita à explosão um fortalecimento do misticismo e da religiosidade das populações atingidas, um dos componentes da fórmula que resultou na independência da Indonésia em 1949, até então uma colônia holandesa.
A origem e o funcionamento dos vulcões só foram compreendidos de fato a partir de 1965, quando o canadense Tuzo Wilson apresentou sua teoria das placas tectônicas. Pela teoria — hoje comprovada —, a camada mais externa do planeta é formada por blocos rochosos que se encaixam como num quebra-cabeça e flutuam sobre uma camada interna de rocha derretida. Os vulcões nascem nos pontos onde essas placas se chocam ou se afastam, liberando material incandescente — o magma — do subterrâneo. É assim que a ciência explica a construção do arquipélago havaiano sobre uma fresta aberta no solo oceânico, no meio do Pacífico.
Os milhares de ilhas da Indonésia, que repousam sobre uma zona em que duas placas tectônicas se encontram, são um dos melhores cenários para grandes detonações, como a do Krakatoa. O choque entre as placas pode ativar qualquer um dos cerca de 130 vulcões da área. Como válvulas mal reguladas de uma imensa panela de pressão, vez por outra um deles estoura, lançando ao ar milhões de toneladas de magma. O Krakatoa até que foi modesto. Em 1815, outro monte indonésio, o Tambora, deu seu espetáculo de destruição com uma intensidade dez vezes maior — essa, sim, a mais colossal explosão já registrada. Calcula-se que a erupção e seus efeitos posteriores tenham causado a morte de 70.000 pessoas. As cinzas e os gases liberados na atmosfera resfriaram o planeta e provocaram grandes perdas na agricultura. A Europa viveria no ano seguinte, 1816, uma era de fome e crises sociais, no que se chamou de "ano sem verão".
Os vulcões têm outras armas de destruição em massa — uma delas, a perigosa combinação de água com o magma. Uma geleira ou um lago acomodados na cratera de um vulcão entram facilmente em ebulição com a saída do magma. Então, uma avalanche mortal de lama fervente, chamada lahar, escorre encosta abaixo. Foi isso, uma locomotiva de toneladas de pedras, cinzas, terra e água, que matou 23.000 pessoas, em 1985, na erupção do Nevado del Ruiz, na Colômbia. O número de vítimas do lahar só foi menor — 350 — na erupção do filipino Pinatubo, em 1991, porque houve tempo de evacuar as centenas de milhares de moradores dos arredores. Tão ou mais perigosos do que o lahar são os fluxos piroclásticos — golfadas de gases e lascas de material vulcânico, que avançam a mais de 200 quilômetros por hora, queimando tudo pela frente. Foi um desses que soterrou Pompéia e Herculano, no sul da Itália, no ano 79 d.C., legando para a posteridade um museu calcinado do cotidiano da civilização romana no início da era cristã.
Os vulcões ativos, porém, não deixam em seu rastro apenas morte e trauma. Poucos anos depois da explosão do Krakatoa, que eliminou qualquer animal ou vegetal da área, as ruínas da ilha já eram recolonizadas por sementes, grãos de pólen, esporos e minúsculos insetos, arrastados pelos ventos. Terras férteis, aliás, constituem um dos principais subprodutos das erupções vulcânicas — e um grande atrativo para milhões de pessoas, no mundo todo, que se arriscam vivendo ao pé desses montes sempre à beira de um ataque de nervos. Há teorias, aliás, que dizem ser eles as fornalhas em que se criou toda a água do planeta. Segundo esse raciocínio, em tempos primordiais, o magma continha grandes quantidades de oxigênio e hidrogênio em sua composição. A cada erupção, esses gases eram liberados na atmosfera em forma de vapor — o qual, ao se resfriar, se condensava e virava água.
Aos efeitos físicos imediatos da revolução tectônica seguem-se as consequências indiretas — ambientais, sociais, econômicas e culturais, traduzidas em mitos que perduram pelos séculos. As explosões vulcânicas ressoam no cinema — em filmes como Krakatoa — Inferno de Java, Stromboli e Inferno de Dante — e na literatura. Atribui-se ao mau tempo criado pelo Tambora, por exemplo, o poema Darkness (Trevas), de Lord Byron. Foi esse mesmo mau tempo que trancafiou o poeta Percy Shelley e sua mulher, Mary, no verão de 1816, numa vila à beira de um lago suíço, em cuja reclusão Mary Shelley gestou a novela gótica Frankenstein.
O Monte St. Helena, no Estado de Washington (EUA), entrou em erupção em 18 de maio de 1980. Uma avalanche de lava incandescente jorrou da montanha a uma velocidade de mais de 480km/h, lançando fragmentos e cinzas a uma altura de 16km. As cinzas caíram a uma distância de até 1.500km e a explosão foi ouvida na Califórnia e Montana. Cinza superaquecida, gases e lava devastaram as áreas próximas e causaram várias mortes. Desde então, cientistas têm monitorado de perto atividades no vulcão, esperando pelo desastre novamente. Em setembro de 2004, a montanha começou a mexer e ganhar vida novamente, com erupções que levaram cinzas a quilômetros de distância nas Cascades. A partir daí, a lava vem escapando por dentro da cratera e o teto formado ainda está crescendo. O vulcão foi colocado em alerta nível dois, o que significa que pode haver mais erupções. Então, será que o Monte St. Helena está prestes a explodir?
Vídeos sobre o Monte Santa Helena (Mt. St. Helens)
VEI 0 Erupções não explosivas com plumas inferiores a 100 m de altura; emissão inferior a 1000 m3 de piroclastos; duração variável; ex. Kilauea, Havaí, 1983.
VEI 1 Erupção suave com pluma entre 100-1000 m altura; emissão inferior a 10000 m3 de piroclastos; explosões até 1 h; ex. Stromboli, Itália.
VEI 2 Erupção explosiva com pluma entre 1-5 km de altura; emissão até 0,01 km3 de piroclastos; duração entre 1-6 h; ex. Colima, México, 1991.
VEI 3 Erupção intensa com pluma entre 3-15 km de altura; emissão de 0,01-0,1 km3 de piroclastos; duração entre 1-12 h; ex. Nevado del Ruiz, Colômbia, 1985.
VEI 4 Erupção catastrófica com pluma entre 10-25 km de altura; emissão de 0,1-1 km3 de piroclastos; duração entre 1-12 h; ex. Sakura-Jima, Japão, 1914.
VEI 5 Erupção catastrófica com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 1-10 km3 de piroclastos; duração entre 6-12 h; ex. Monte St. Helens (Monte Santa Helena), EUA, 1980.
VEI 6 Erupção colossal com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 10-100 km3 de piroclastos; duração superior a 12 h; ex. Krakatoa, Indonésia, 1883.
VEI 7 Erupção super-colossal com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 100-1000 km3 de piroclastos; duração superior a 12 h; ex. Tambora, 1815.
VEI 8 Erupção mega-colossal; emissão superior a 1000 km3 de piroclastos; Yellowstone, EUA, há 640000 anos.
Escavações descobrem "Pompéia do Oriente
Krakatoa: Além de qualquer limite
Esta foto da International Space Station (ISS) mostra um par de vulcões no México. Como parte do "Cinturão de Fogo" que se estende ao longo do Pacífico, o México possui vários dos mais ativos vulcões do mundo, sendo que o mais famoso é o Popocatepetl (em Asteca significa: "montanha de fumaça") à esquerda. O vulcão vizinho é Iztaccíhuatl (a "Mulher de Branco". A tênue fumaça emanando da cratera do Popocatepetl mostra o perigo que representa para os 25 milhões de pessoas que vivem na região, incluindo a cidade próxima de Amecameca, bem como os centros metropolitanos da Cidade do México no nordeste e Puebla no leste.
Imagem: NASA
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Uma erupção vulcânica na lua de Júpiter, Io, foi fotografada no dia 22 de fevereiro de 2000, pela espaçonave Galileo da NASA. A área alaranjada no lado esquerdo da imagem mostra a trajetória da lava fervente, e as duas pequenas luminosidades acima são os locais da erupção e de onde a lava está escorrendo. Na parte mais clara da foto está situada uma imensa cratera com mais de 60 quilômetros de extensão. Como se vê, os planetas do sistema solar, bem como as suas luas, têm muitos pontos em comum, que poderão ajudar nas futuras pesquisas cientificas.
Imagem: NASA/JPL
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O enorme vulcão Mons Olympus aparece em toda a sua estatura, numa imagem grande-angular fotografada pelo Mars Global Surveyor. Tirada durante um período de cinco minutos, enquanto o Surveyor passava perto da superfície, a imagem olha para dentro da caldeira no topo do vulcão, que tem 80 quilômetros de largura. Vulcão largo, de beiradas oblíquas, o Mons Olympus é o ponto mais alto de Marte, atingindo 5,6 metros de altitude, acima da planície juncada de lavas.
Imagem da NASA/Jet Propulson Latoratory/Malin Space Sciences Systems
Imagem da NASA/Jet Propulson Latoratory/Malin Space Sciences Systems
O que está acontecendo com aquele vulcão? Está em erupção! O engenheiro e astronauta americano Jeff Williams, que partiu na mesma missão que Marcos Pontes, é o autor da foto. Williams, que estava a bordo da Estação Internacional Espacial, começou a fotografar rapidamente o espetáculo do vulcão Cleveland, pois a erupção durou aproximadamente duas horas. O vulcão fica em uma ilha que faz parte da cadeia de ilhas Aleutianas, no Alasca, e a comunidade povoada mais próxima fica a cerca de 75 quilômetros da ilha. O Cleveland é abastecido pelo magma deslocado da placa tectônica do Pacífico (noroeste), que fica sob a placa tectônica da América do Norte.
Imagem: NASA
A nave Mars Express da ESA (Agência Espacial Europeia) enviou imagens de um par de vulcões, localizados no hemisfério norte do Planeta Vermelho. Muito depois de ter cessado a atividade vulcânica, a área foi transformada pelo impacto de meteoritos, que depositaram material nos lados dos vulcões.
Quando a nave passou novamente por cima para captar os últimos dados, as nuvens já se tinham dissipado, daí que haja uma linha fininha entre eles, na imagem final.
A palavra latina "tholus" refere-se à estrutura cônica dos vulcões. A base do Ceraunius Tholus tem 130 km de comprimento, o seu pico ergue-se até aos 5,5 km. No seu cume está a grande caldeira de 25 km de largura. Com uma morfologia semelhante à do seu vizinho, e localizado 60 km mais a norte, o Uranius Tholus é um vulcão menor, com uma base com um diâmetro de 62 km e uma altura de 4,5 km.
Os flancos do Ceraunius Tholus são relativamente íngremes, com uma inclinação de 8°, e está rodeada de vales. Têm cortes profundos em vários locais, sugerindo que tenha havido deposição de material macio e de fácil erosão, como camadas de cinza, depositadas durante as erupções vulcânicas.
O maior e mais profundo destes vales tem cerca de 3,5 Km de comprimento e 300 m de profundidade e termina numa grande cratera de impacto, de forma alargada, situada entre os dois vulcões, na qual se nota a deposição de sedimentos em forma de leque.
Apesar de ainda haver algum debate científico relacionado com a origem do leque, acredita-se que pode ter sido formado quando o material de uma câmara de lava ou tubo foi empurrada para baixo pelo degelo do cume do vulcão.
O cume da cratera — a caldeira — é plano e suave, ou seja, é possível que tenha tido um lago nos primórdios da história de Marte, quando a atmosfera era mais densa. Também é possível que a água tenha sido produzida quando a atividade vulcânica derreteu estruturas conhecidas como lentes de gelo.
A lente de gelo forma-se quando a umidade se entranha abaixo da superfície e forma uma camada gelada entre o solo e a camada rochosa por baixo.
A cratera alongada entre os dois vulcões tem o nome de Rahe. Mede 35 km por 18 km e é o resultado do impacto oblíquo de um meteorito.
Uma cratera de impacto menor, com 13 km, pode ser vista a oeste de Uranius Tholus. Esta também se formou depois de terminada toda a atividade vulcânica e o material projetado cobriu as laterais inferiores da cratera, o que implica que apenas as estruturas superiores originais sejam agora visíveis.
Fonte: Agência ESA
Veja abaixo a galeria de fotos dos vulcões:
Atualmente, o país tem planos para a evacuação de 600 mil pessoas da cidade de Nápoles, vizinha ao vulcão.
Com base na nova pesquisa, os cientistas dizem que até 3 milhões de pessoas estariam em risco.
O Vesúvio é mais conhecido por sua erupção no ano 79 d.C., quando as lavas encobriram a cidade de Pompéia.
Passado
Os planos atuais das autoridades para evacuação de Nápoles são baseados no tamanho de uma erupção ocorrida em 1631.
O estudo diz, porém, que o Vesúvio entrou em erupção oito vezes antes disso e com força ainda maior.
Essas erupções causaram devastações que atingiram áreas bem além do que hoje é Nápoles.
A pesquisa, publicada pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, mostra que em uma erupção na Idade do Bronze, a mais recente delas, rios de lava quente e cinzas correram até 25 km a noroeste do vulcão, bem além de Nápoles dos dias de hoje.
Tudo o que estava nos primeiros 12 km foi levado embora pela força da torrente.
Dezenas de centímetros de pedras, brasas e cinzas "choveram" na região a leste do vulcão e o peso derrubaria os telhados das casas modernas.
Risco de erupção
Segundo os autores da pesquisa, se forem acompanhados os ciclos vulcânicos do Vesúvio, a repetição dessa erupção é tão provável quanto a repetição do evento de 1631 e Nápoles precisa saber como poderá ser.
Michael Sheridan, um dos cientistas, diz ter sido motivado pela experiência do furacão Katrina nos Estados Unidos, no ano passado, quando as autoridades não se prepararam de forma adequada para o desastre.
No pior cenário, o Vesúvio seria muito mais feroz e não haveria nada depois da erupção.
Poucos vulcões do mundo são tão monitorados quanto o Vesúvio, e os cientistas acreditam que saberão quando ele estiver prestes a entrar em erupção.
Foto aérea do VesúvioA erupção vulcânica mais famosa de todos os tempos foi a do Vesúvio, que enterrou em cinzas e lavas as cidades de Pompéia e Herculano no ano 79 da nossa era. Os cientistas aprenderam muito sobre o comportamento dos vulcões ao analisar as evidências encontradas nas ruínas da cidade. Eles acreditam que o Vesúvio deve entrar em erupção a cada 2.000 anos (?).
Imagem: Arquivo Starnews 2001
Os problemas gerados pela erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull fizeram a Itália lembrar o perigo sempre latente de uma erupção do Vesúvio, no sul do país.
"O Vesúvio é o maior problema da Defesa Civil", explicou o chefe do organismo, Guido Bertolaso, que tem uma ampla experiência em catástrofes naturais, como o terremoto que devastou a região dos Abruzos em abril do ano passado.
O vulcão está agora no que os vulcanólogos chamam "ciclo de repouso", o que não quer dizer que não possa despertar de uma hora para outra.
Em março de 1944 o Vesúvio mostrou novamente a sua pior cara, com uma forte erupção que felizmente não causou vítimas, assim como a 1906, as duas únicas erupções registradas no século XX.
Em 1631 a atividade do vulcão causou mais de mil vítimas, embora a pior erupção tenha sido a do ano 79, que deixou dois mil mortos e sepultou as localidades de Pompéia e Herculano.
Mas a situação mudou desde a última erupção nas bordas do Vesúvio. Em 60 anos a área, chamada de "zona vesuviana" passou de quase desértica para uma das áreas de maior densidade populacional da Europa, devido, sobretudo, à construção em massa de imóveis ilegais.
Bertolaso denunciou que muitas pessoas construíram com o dinheiro público que ganharam para fixar residência em uma área longe da "zona vermelha", mas alugaram sua casa anterior na encosta.
Na atual "zona vermelha" — sinalizada pela Defesa Civil e que tem um raio de 9,12 quilômetros — há 18 municípios com cerca de 700 mil habitantes.
Atualmente, revelou Bertolaso, se estuda ampliar a área de perigo, por isso que um eventual plano de evacuação poderá incluir cerca de um milhão de pessoas.
O chefe do organismo assegurou que não há porque se alarmar, "que se trata apenas de prevenção". No último documento da Defesa Civil, do dia 2 de abril, se afirma que "não se registram fenômenos precursores de início de uma possível atividade eruptiva em breve".
No entanto, a descrição do principal responsável da Defesa Civil da possível erupção do Vesúvio não para por aí: "a explosão do vulcão provocaria uma coluna de fumaça e lixo de 20 quilômetros de altura e a queda das cinzas afetaria uma área que chegaria inclusive ao Lácio", região do centro da Itália pertencente a Roma.
Além disso, acrescentou, a nova erupção seria acompanhada de terremotos "com consequências comparáveis ao que acontece em L'Aquila ano passado".
Para a evacuação das pessoas que vivem nas margens do vulcão dormente "teríamos como máximo de tempo à disposição uma semana, talvez menos, três ou quatro dias", antes que a erupção se transformasse em uma catástrofe.
Há algumas semanas, os cientistas do Observatório Vesuviano e da Universidade Federico II de Nápoles, assim como o pessoal da Comissão de Grandes Riscos, estudam novos planos de emergência.
No documento do dia 2 de abril, a Defesa Civil descreve passo a passo e hora a hora como comportar-se em caso de erupção e como ir evacuando as diferentes zonas: vermelha, amarela e azul.
Também descreve quais serão as localidades dispostas a acolher às centenas de milhares de habitantes que teriam que ser desalojados.
Bertolaso explicou que o órgão também segue prestando atenção à atividade dos 12 vulcões subterrâneos, localizados nos mar Tirreno e no Canal da Sicília.
No entanto, embora o Vesúvio seja o mais conhecido dos vulcões, Bertolaso adverte que o que tem "a escopeta carregada" é o monte Epomeo na ilha de Isquia, no golfo de Nápoles, cuja última erupção foi em 1300, "mas se observou que nestes séculos o cone cresceu 800 metros e está carregando a câmara magmática".
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Fonte: EFE, 29 de abril de 2010.
Exposição reúne corpos de vítimas de erupção em Pompéia
O projeto Caminhos Geológicos já instalou 54 placas em 20 municípios do estado desde 2001. O vulcão mais bem preservado do Rio fica em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e a mais importante placa geológica do estado é a instalada no Pão de Açúcar. Os vulcões extintos do estado formaram-se entre 80 milhões e 40 milhões de anos atrás, ao longo de uma área que abrange o Parque Nacional do Itatiaia, a Serra do Mendanha, Tinguá, Itaúna e Rio Bonito, entre outras localidades.
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Fonte: Discovery Channel
Não deixe de ver:
Pompéia, 79 d.C.
O Longo Sono de Pompéia e Herculano
Vulcões forçam retirada de milhares no
Equador e na Guatemala. Sismólogos
advertiram sobre possíveis novas erupções
do Pacaya, na Guatemala – 29/5/2010.
Quando as pedras do manto se derretem, elas se transformam em magma, que chega à superfície através da crosta externa da terra, e libera os gases contidos. Quando a pressão é muito forte, vulcões entram em erupção. A pressão aumenta se a quantidade de magma que vai do manto da terra até o vulcão é alta. Por outro lado, a pressão pode aumentar dentro do cone de
No subsolo, esta rocha fundida é chamada de magma. Quando o vulcão entra em erupção, o magma é lançado para fora em forma de lava. |
Quando ainda é subterrâneo, este manto rochoso é chamado de magma. Assim que atinge a superfície e se derrama pelos lados de um vulcão, passa a se chamar lava. Geralmente, quanto mais quente a lava, mais fluida ela é, e mais rapidamente ela escorre. As lavas havaianas tendem a ser as mais quentes da escala. Quando entram em erupção, elas chegam a 1.175º C.
Em agosto de 1883, Krakatoa (ou Krakatau, em javanês), uma ilhota encravada no estreito entre as ilhas de Sumatra e Java, foi pulverizada numa das maiores explosões já registradas na história. Saldo da catástrofe: mais de 36.000 mortos, na maioria afogados por gigantescas paredes de água, os tsunamis, que invadiram as ilhas próximas. A hecatombe é contada em minúcias pelo geólogo inglês Simon Winchester em Krakatoa, o Dia em que o Mundo Explodiu. Alinhavando relatos sobre o cotidiano da região, documentos oficiais e dados científicos, Winchester delineia um quadro completo da situação social, econômica e política das então chamadas Índias Orientais, e mostra como um fenômeno geológico de grandes proporções pode afetar uma sociedade, e até mesmo toda a humanidade, por várias gerações. No caso do Krakatoa, o autor credita à explosão um fortalecimento do misticismo e da religiosidade das populações atingidas, um dos componentes da fórmula que resultou na independência da Indonésia em 1949, até então uma colônia holandesa.
A origem e o funcionamento dos vulcões só foram compreendidos de fato a partir de 1965, quando o canadense Tuzo Wilson apresentou sua teoria das placas tectônicas. Pela teoria — hoje comprovada —, a camada mais externa do planeta é formada por blocos rochosos que se encaixam como num quebra-cabeça e flutuam sobre uma camada interna de rocha derretida. Os vulcões nascem nos pontos onde essas placas se chocam ou se afastam, liberando material incandescente — o magma — do subterrâneo. É assim que a ciência explica a construção do arquipélago havaiano sobre uma fresta aberta no solo oceânico, no meio do Pacífico.
A erupção do Vulcão Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, lançou na atmosfera 20 milhões de toneladas de dióxido de enxofre — substância responsável pela chuva ácida —, mais do que é emitido nos Estados Unidos durante um ano inteiro |
Os vulcões têm outras armas de destruição em massa — uma delas, a perigosa combinação de água com o magma. Uma geleira ou um lago acomodados na cratera de um vulcão entram facilmente em ebulição com a saída do magma. Então, uma avalanche mortal de lama fervente, chamada lahar, escorre encosta abaixo. Foi isso, uma locomotiva de toneladas de pedras, cinzas, terra e água, que matou 23.000 pessoas, em 1985, na erupção do Nevado del Ruiz, na Colômbia. O número de vítimas do lahar só foi menor — 350 — na erupção do filipino Pinatubo, em 1991, porque houve tempo de evacuar as centenas de milhares de moradores dos arredores. Tão ou mais perigosos do que o lahar são os fluxos piroclásticos — golfadas de gases e lascas de material vulcânico, que avançam a mais de 200 quilômetros por hora, queimando tudo pela frente. Foi um desses que soterrou Pompéia e Herculano, no sul da Itália, no ano 79 d.C., legando para a posteridade um museu calcinado do cotidiano da civilização romana no início da era cristã.
Os vulcões ativos, porém, não deixam em seu rastro apenas morte e trauma. Poucos anos depois da explosão do Krakatoa, que eliminou qualquer animal ou vegetal da área, as ruínas da ilha já eram recolonizadas por sementes, grãos de pólen, esporos e minúsculos insetos, arrastados pelos ventos. Terras férteis, aliás, constituem um dos principais subprodutos das erupções vulcânicas — e um grande atrativo para milhões de pessoas, no mundo todo, que se arriscam vivendo ao pé desses montes sempre à beira de um ataque de nervos. Há teorias, aliás, que dizem ser eles as fornalhas em que se criou toda a água do planeta. Segundo esse raciocínio, em tempos primordiais, o magma continha grandes quantidades de oxigênio e hidrogênio em sua composição. A cada erupção, esses gases eram liberados na atmosfera em forma de vapor — o qual, ao se resfriar, se condensava e virava água.
Aos efeitos físicos imediatos da revolução tectônica seguem-se as consequências indiretas — ambientais, sociais, econômicas e culturais, traduzidas em mitos que perduram pelos séculos. As explosões vulcânicas ressoam no cinema — em filmes como Krakatoa — Inferno de Java, Stromboli e Inferno de Dante — e na literatura. Atribui-se ao mau tempo criado pelo Tambora, por exemplo, o poema Darkness (Trevas), de Lord Byron. Foi esse mesmo mau tempo que trancafiou o poeta Percy Shelley e sua mulher, Mary, no verão de 1816, numa vila à beira de um lago suíço, em cuja reclusão Mary Shelley gestou a novela gótica Frankenstein.
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Vista espacial que registra informações térmicas da superfície mostra o vulcão do monte Santa Helena, nos Estados Unidos, dias após uma erupção |
Índice de Explosividade Vulcânica
O Índice de Explosividade Vulcânica (VEI) compara a violência de diferentes erupções vulcânicas. Considera diversos fatores como a altura da pluma ou coluna da explosão, o volume do material emitido e a duração da erupção.VEI 0 Erupções não explosivas com plumas inferiores a 100 m de altura; emissão inferior a 1000 m3 de piroclastos; duração variável; ex. Kilauea, Havaí, 1983.
VEI 1 Erupção suave com pluma entre 100-1000 m altura; emissão inferior a 10000 m3 de piroclastos; explosões até 1 h; ex. Stromboli, Itália.
VEI 2 Erupção explosiva com pluma entre 1-5 km de altura; emissão até 0,01 km3 de piroclastos; duração entre 1-6 h; ex. Colima, México, 1991.
VEI 3 Erupção intensa com pluma entre 3-15 km de altura; emissão de 0,01-0,1 km3 de piroclastos; duração entre 1-12 h; ex. Nevado del Ruiz, Colômbia, 1985.
VEI 4 Erupção catastrófica com pluma entre 10-25 km de altura; emissão de 0,1-1 km3 de piroclastos; duração entre 1-12 h; ex. Sakura-Jima, Japão, 1914.
VEI 5 Erupção catastrófica com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 1-10 km3 de piroclastos; duração entre 6-12 h; ex. Monte St. Helens (Monte Santa Helena), EUA, 1980.
VEI 6 Erupção colossal com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 10-100 km3 de piroclastos; duração superior a 12 h; ex. Krakatoa, Indonésia, 1883.
VEI 7 Erupção super-colossal com pluma superior a 25 km de altura; emissão de 100-1000 km3 de piroclastos; duração superior a 12 h; ex. Tambora, 1815.
VEI 8 Erupção mega-colossal; emissão superior a 1000 km3 de piroclastos; Yellowstone, EUA, há 640000 anos.
Dois Vulcões
Imagem: NASA
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Erupção vulcânica em Io
Imagem: NASA/JPL
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Um vulcão de proporções inimagináveis
Imagem da NASA/Jet Propulson Latoratory/Malin Space Sciences Systems
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Imagem de marte registrada pela Mars Odissey revela região formada provavelmente a partir de atividade vulcânica batizada de 'Labirinto Noturno' |
Imagem: NASA
Cronologia das erupções vulcânicas mais importantes
ESA divulga imagens de ‘casal’ de vulcões em Marte
6 de abril de 2011A nave Mars Express da ESA (Agência Espacial Europeia) enviou imagens de um par de vulcões, localizados no hemisfério norte do Planeta Vermelho. Muito depois de ter cessado a atividade vulcânica, a área foi transformada pelo impacto de meteoritos, que depositaram material nos lados dos vulcões.
Quando a nave passou novamente por cima para captar os últimos dados, as nuvens já se tinham dissipado, daí que haja uma linha fininha entre eles, na imagem final.
A palavra latina "tholus" refere-se à estrutura cônica dos vulcões. A base do Ceraunius Tholus tem 130 km de comprimento, o seu pico ergue-se até aos 5,5 km. No seu cume está a grande caldeira de 25 km de largura. Com uma morfologia semelhante à do seu vizinho, e localizado 60 km mais a norte, o Uranius Tholus é um vulcão menor, com uma base com um diâmetro de 62 km e uma altura de 4,5 km.
Os flancos do Ceraunius Tholus são relativamente íngremes, com uma inclinação de 8°, e está rodeada de vales. Têm cortes profundos em vários locais, sugerindo que tenha havido deposição de material macio e de fácil erosão, como camadas de cinza, depositadas durante as erupções vulcânicas.
O maior e mais profundo destes vales tem cerca de 3,5 Km de comprimento e 300 m de profundidade e termina numa grande cratera de impacto, de forma alargada, situada entre os dois vulcões, na qual se nota a deposição de sedimentos em forma de leque.
Apesar de ainda haver algum debate científico relacionado com a origem do leque, acredita-se que pode ter sido formado quando o material de uma câmara de lava ou tubo foi empurrada para baixo pelo degelo do cume do vulcão.
O cume da cratera — a caldeira — é plano e suave, ou seja, é possível que tenha tido um lago nos primórdios da história de Marte, quando a atmosfera era mais densa. Também é possível que a água tenha sido produzida quando a atividade vulcânica derreteu estruturas conhecidas como lentes de gelo.
A lente de gelo forma-se quando a umidade se entranha abaixo da superfície e forma uma camada gelada entre o solo e a camada rochosa por baixo.
A cratera alongada entre os dois vulcões tem o nome de Rahe. Mede 35 km por 18 km e é o resultado do impacto oblíquo de um meteorito.
Uma cratera de impacto menor, com 13 km, pode ser vista a oeste de Uranius Tholus. Esta também se formou depois de terminada toda a atividade vulcânica e o material projetado cobriu as laterais inferiores da cratera, o que implica que apenas as estruturas superiores originais sejam agora visíveis.
Fonte: Agência ESA
Veja abaixo a galeria de fotos dos vulcões:
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Erupção do Vesúvio atingiria 3 milhões de pessoas
Um estudo conjunto de cientistas americanos e italianos alerta que a próxima erupção do vulcão Vesúvio, na Itália, pode ser muito pior do que as autoridades italianas estão esperando.Atualmente, o país tem planos para a evacuação de 600 mil pessoas da cidade de Nápoles, vizinha ao vulcão.
Com base na nova pesquisa, os cientistas dizem que até 3 milhões de pessoas estariam em risco.
O Vesúvio é mais conhecido por sua erupção no ano 79 d.C., quando as lavas encobriram a cidade de Pompéia.
Passado
Os planos atuais das autoridades para evacuação de Nápoles são baseados no tamanho de uma erupção ocorrida em 1631.
O estudo diz, porém, que o Vesúvio entrou em erupção oito vezes antes disso e com força ainda maior.
Essas erupções causaram devastações que atingiram áreas bem além do que hoje é Nápoles.
A pesquisa, publicada pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, mostra que em uma erupção na Idade do Bronze, a mais recente delas, rios de lava quente e cinzas correram até 25 km a noroeste do vulcão, bem além de Nápoles dos dias de hoje.
Tudo o que estava nos primeiros 12 km foi levado embora pela força da torrente.
Dezenas de centímetros de pedras, brasas e cinzas "choveram" na região a leste do vulcão e o peso derrubaria os telhados das casas modernas.
Risco de erupção
Segundo os autores da pesquisa, se forem acompanhados os ciclos vulcânicos do Vesúvio, a repetição dessa erupção é tão provável quanto a repetição do evento de 1631 e Nápoles precisa saber como poderá ser.
Michael Sheridan, um dos cientistas, diz ter sido motivado pela experiência do furacão Katrina nos Estados Unidos, no ano passado, quando as autoridades não se prepararam de forma adequada para o desastre.
No pior cenário, o Vesúvio seria muito mais feroz e não haveria nada depois da erupção.
Poucos vulcões do mundo são tão monitorados quanto o Vesúvio, e os cientistas acreditam que saberão quando ele estiver prestes a entrar em erupção.
Foto aérea do Vesúvio
Imagem: Arquivo Starnews 2001
Itália se prepara para uma possível nova erupção do Vesúvio
A possível erupção do Vesúvio, vulcão próximo a Nápoles, é uma fonte de preocupação para a Defesa Civil italiana, que estuda ampliar a zona considerada de risco e organiza novos planos de evacuação.Os problemas gerados pela erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull fizeram a Itália lembrar o perigo sempre latente de uma erupção do Vesúvio, no sul do país.
"O Vesúvio é o maior problema da Defesa Civil", explicou o chefe do organismo, Guido Bertolaso, que tem uma ampla experiência em catástrofes naturais, como o terremoto que devastou a região dos Abruzos em abril do ano passado.
O vulcão está agora no que os vulcanólogos chamam "ciclo de repouso", o que não quer dizer que não possa despertar de uma hora para outra.
Em março de 1944 o Vesúvio mostrou novamente a sua pior cara, com uma forte erupção que felizmente não causou vítimas, assim como a 1906, as duas únicas erupções registradas no século XX.
Em 1631 a atividade do vulcão causou mais de mil vítimas, embora a pior erupção tenha sido a do ano 79, que deixou dois mil mortos e sepultou as localidades de Pompéia e Herculano.
Bertolaso denunciou que muitas pessoas construíram com o dinheiro público que ganharam para fixar residência em uma área longe da "zona vermelha", mas alugaram sua casa anterior na encosta.
Na atual "zona vermelha" — sinalizada pela Defesa Civil e que tem um raio de 9,12 quilômetros — há 18 municípios com cerca de 700 mil habitantes.
Atualmente, revelou Bertolaso, se estuda ampliar a área de perigo, por isso que um eventual plano de evacuação poderá incluir cerca de um milhão de pessoas.
O chefe do organismo assegurou que não há porque se alarmar, "que se trata apenas de prevenção". No último documento da Defesa Civil, do dia 2 de abril, se afirma que "não se registram fenômenos precursores de início de uma possível atividade eruptiva em breve".
No entanto, a descrição do principal responsável da Defesa Civil da possível erupção do Vesúvio não para por aí: "a explosão do vulcão provocaria uma coluna de fumaça e lixo de 20 quilômetros de altura e a queda das cinzas afetaria uma área que chegaria inclusive ao Lácio", região do centro da Itália pertencente a Roma.
Além disso, acrescentou, a nova erupção seria acompanhada de terremotos "com consequências comparáveis ao que acontece em L'Aquila ano passado".
Para a evacuação das pessoas que vivem nas margens do vulcão dormente "teríamos como máximo de tempo à disposição uma semana, talvez menos, três ou quatro dias", antes que a erupção se transformasse em uma catástrofe.
Há algumas semanas, os cientistas do Observatório Vesuviano e da Universidade Federico II de Nápoles, assim como o pessoal da Comissão de Grandes Riscos, estudam novos planos de emergência.
No documento do dia 2 de abril, a Defesa Civil descreve passo a passo e hora a hora como comportar-se em caso de erupção e como ir evacuando as diferentes zonas: vermelha, amarela e azul.
Também descreve quais serão as localidades dispostas a acolher às centenas de milhares de habitantes que teriam que ser desalojados.
Bertolaso explicou que o órgão também segue prestando atenção à atividade dos 12 vulcões subterrâneos, localizados nos mar Tirreno e no Canal da Sicília.
No entanto, embora o Vesúvio seja o mais conhecido dos vulcões, Bertolaso adverte que o que tem "a escopeta carregada" é o monte Epomeo na ilha de Isquia, no golfo de Nápoles, cuja última erupção foi em 1300, "mas se observou que nestes séculos o cone cresceu 800 metros e está carregando a câmara magmática".
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Fonte: EFE, 29 de abril de 2010.
Exposição reúne corpos de vítimas de erupção em Pompéia
MONITORAMENTO DO VESÚVIO EM TEMPO REAL Clique para saber a todo momento sobre o perigo de uma erupção imediata. |
Vulcão Merapi, Indonésia
Veja mais reportagens na página da BBC Brasil >> |
Uma violenta tempestade de raios, ocasionada por uma grande erupção
vulcânica. A fumaça expelida pela cratera cria nuvens altamente
carregadas de eletricidade nas imediações do vulcão.
vulcânica. A fumaça expelida pela cratera cria nuvens altamente
carregadas de eletricidade nas imediações do vulcão.
Placa assinala vulcão extinto
O município de Casimiro de Abreu, no litoral do Norte Fluminense, ganhou no dia 1 de abril de 2006 uma placa geológica contando a história do Morro de São João, formação vulcânica de 60 milhões de anos. A placa, que fica às margens do Rio São João, indica que o morro é parte do Caminho dos Vulcões, corredor de estruturas geológicas no Estado do Rio que se estende de Itatiaia até Arraial do Cabo. A iniciativa é parte do projeto Caminhos Geológicos, que pretende incentivar o ecoturismo no estado.O projeto Caminhos Geológicos já instalou 54 placas em 20 municípios do estado desde 2001. O vulcão mais bem preservado do Rio fica em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e a mais importante placa geológica do estado é a instalada no Pão de Açúcar. Os vulcões extintos do estado formaram-se entre 80 milhões e 40 milhões de anos atrás, ao longo de uma área que abrange o Parque Nacional do Itatiaia, a Serra do Mendanha, Tinguá, Itaúna e Rio Bonito, entre outras localidades.
Vulcões de gelo
Imagens da sonda Cassini reforçam a teoria de que duas regiões de Titã, uma das luas de Saturno, têm vulcões que lançam em sua atmosfera um líquido gelado, em vez de lava ardente. Os vulcões liberam uma mistura de água gelada, amônia e metano. As imagens mostram brumas sobre áreas com um fluxo de líquido na superfície.______
Fonte: Discovery Channel
Astronomia Novas fotos sugerem atividade vulcânica em Mercúrio. |
Não deixe de ver:
Supervulcão Supervolcano mistura ciência, dramaturgia e imagens criadas por computador para revelar o que poderia acontecer se o vulcão de Yellowstone (EUA), parque nacional que abriga o único supervulcão atualmente ativo do mundo, entrasse novamente em erupção. | |
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Saiba como os vulcões entram em erupção |
Vulcões forçam retirada de milhares no
Equador e na Guatemala. Sismólogos
advertiram sobre possíveis novas erupções
do Pacaya, na Guatemala – 29/5/2010.
Imagens da Nasa mostram vulcões em erupção vistos do espaço; veja |
Nova fissura se abre em vulcão em erupção na Islândia Abertura no Fimmvorduhals surpreendeu os cientistas. Vulcão começou a expelir lava em 21 de março, após 200 anos adormecido.O acontecimento surpreendeu os cientistas, segundo a TV estatal. Mas, segundo eles, a nova fissura teve pouco efeito na erupção original, que começou em 21 de março. A nova fissura tem entre 300 e 400 metros e está a noroeste da original, e mais próximo ao pico de Hvannargil. Os cientistas explicaram que a nova fissura significa que a corrente de magna encontrou um novo caminho até a superfície. O fluxo de lava intensificou-se desde que a nova fissura abriu. De acordo com os pesquisadores, a erupção não ameaça os moradores locais, mas há temores que ela provoque uma erupção no vulcão Katla, que é maior, mais perigoso e fica perto dali. O vulcão Fimmvorduhals, no glaciar Eyjafjallajokull, no sul da Islândia, estava adormecido há 200 anos. Referência: AP – 1 de abril de 2010 Demonstração impressionante do poder da natureza Ameaçador: um aumento de nuvens de cinzas vulcânicas na Islândia ontem (15 de abril de 2010) Especialistas dizem que pode haver interrupção do tráfego aéreo durante seis meses, por causa da nuvem de cinzas vulcânicas que abrange o norte da Europa. O bloqueio sem precedentes, já causou o maior caos no transporte aéreo desde a Segunda Guerra Mundial. O pôr-do-sol tem sido um dos mais dramáticos da história do Reino Unido, devido às nuvens de cinzas provocadas pela erupção vulcânica na Islândia. Fonte: Daily Mail – 16 de abril de 2010 |
Erupção de um vulcão submarino A filmagem, por uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional e da Fundação de Ciência Nacional dos Estados Unidos, mostra o exato momento em que o vulcão West Mata entra em erupção, formando uma explosão de bolhas de lava que, em contato com a água gelada, congela-se instantaneamente. O vídeo foi feito em maio de 2009 durante uma expedição submarina no sul de Samoa. "Como a pressão da água naquela profundidade suprime a violência da explosão vulcânica, pudemos chegar bem próximos da erupção com o robô", disse o geólogo marinho Bob Embley, segundo a agência de notícias Associated Press. Os cientistas esperam que as imagens e amostras coletadas com a missão ajudem a entender como é formada a crosta terrestre e como algumas criaturas marinhas sobrevivem em condições tão adversas, já que a acidez do local pode ser comparada à acidez do estômago ou de pilhas. Para se ter uma ideia, os únicos seres vivos perto da erupção eram camarões. Fonte: (AP) Associated Press |
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