Quinta força fundamental prestes a ser descoberta?
Essa
nova força seria responsável por fazer com que partículas se conectem,
mesmo estando à distâncias muito grandes. Essas interações estão sendo
chamadas de spin-spin de longo alcance, e existem graças à ação de
estranhas partículas chamadas unparticles (não-partículas).
Para
testar essa ideia, pesquisadores não utilizaram um acelerador de
partículas, como o LHC, mas sim a própria Terra. Se a quinta força
fundamental da natureza for real, ela é capaz de conectar partículas na
superfície da Terra com outras partículas localizadas à milhares de
quilômetros abaixo, no interior do planeta.
O
experimento, além de poder ajudar a colocar mais uma peça no imenso
quebra-cabeça da física, pode dar uma luz no entendimento das partes
interiores da Terra, como o manto e o núcleo.
Não-partícula
Quando
posicionamos dois ímãs, um contra o outro, um fóton virtual é liberado a
partir da atração ou repulsão do spin (propriedade do elétron). Alguns
físicos acreditam que outro tipo de partícula virtual pode ser trocado
entre os spins dos elétrons durante esse processo – são as
“não-partículas”.
Evidências da unparticle foram demonstradas em um experimento em 2010, no acelerador Tevraton, nos EUA. No entanto, os resultados não foram conclusivos.
Agora, através de cálculos e de instrumentos para detectar interações entre geoelétrons, uma equipe de pesquisadores
liderada por Larry Hunter, da Universidade Massachusetts (EUA), criou
uma mapa da magnitude e direção de spins de elétrons através do planeta,
colocando novos rumos na busca pela unparticle.
Diversas
partículas subatômicas foram medidas em vários laboratórios do mundo,
obtendo uma energia diferente conforme à sua orientação em relação ao
planeta. Como resultado, os pesquisadores conseguiram limitar a
magnitude da interação spin-spin entre dois elétrons distantes, isto é,
estimularam valores muito mais precisos que a quinta força pode
apresentar, facilitando a sua detecção.
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