terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Quinta força fundamental prestes a ser descoberta?

 
São conhecidas atualmente quatro forças fundamentais da natureza: a gravidade, o electromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca, todas previstas pelo Modelo Padrão [Os 7 elementos do universo]. Mas há tempos que os pesquisadores têm cogitado a possibilidade da existência de uma quinta força.
Essa nova força seria responsável por fazer com que partículas se conectem, mesmo estando à distâncias muito grandes. Essas interações estão sendo chamadas de spin-spin de longo alcance, e existem graças à ação de estranhas partículas chamadas unparticles (não-partículas).
Quinta força
Para testar essa ideia, pesquisadores não utilizaram um acelerador de partículas, como o LHC, mas sim a própria Terra. Se a quinta força fundamental da natureza for real, ela é capaz de conectar partículas na superfície da Terra com outras partículas localizadas à milhares de quilômetros abaixo, no interior do planeta.
O experimento, além de poder ajudar a colocar mais uma peça no imenso quebra-cabeça da física, pode dar uma luz no entendimento das partes interiores da Terra, como o manto e o núcleo.

Não-partícula

Quando posicionamos dois ímãs, um contra o outro, um fóton virtual é liberado a partir da atração ou repulsão do spin (propriedade do elétron). Alguns físicos acreditam que outro tipo de partícula virtual pode ser trocado entre os spins dos elétrons durante esse processo – são as “não-partículas”.
Evidências da unparticle foram demonstradas em um experimento em 2010, no acelerador Tevraton, nos EUA. No entanto, os resultados não foram conclusivos.
Agora, através de cálculos e de instrumentos para detectar interações entre geoelétrons, uma equipe de pesquisadores liderada por Larry Hunter, da Universidade Massachusetts (EUA), criou uma mapa da magnitude e direção de spins de elétrons através do planeta, colocando novos rumos na busca pela unparticle.
Diversas partículas subatômicas foram medidas em vários laboratórios do mundo, obtendo uma energia diferente conforme à sua orientação em relação ao planeta. Como resultado, os pesquisadores conseguiram limitar a magnitude da interação spin-spin entre dois elétrons distantes, isto é, estimularam valores muito mais precisos que a quinta força pode apresentar, facilitando a sua detecção.

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