sexta-feira, 1 de março de 2013

Plutão irá se vingar de nós?

 
Plutão, desde que foi descoberto, sempre esteve envolvido em alguma polêmica. Urbain Le Verrier e John Couch Adams, em 1846, através das leis de gravitação de Newton, previram um novo planeta após Urano, cuja órbita estava sendo influenciada pelo novo astro. Netuno estava descoberto.
New Horizons
Contudo, no final do século XIX, Netuno apresentava anomalias semelhantes às observadas em Urano. Surgia boatos da existência de um novo planeta ainda mais distante, que pudesse explicar as perturbações observadas. Esse novo planeta começou a ser procurado no começo do século passado, quando Percival Lowell construiu um observatório no Arizona (EUA). Ele foi visto 16 vezes, mas somente em 1930 foi descoberto, por Clyde Tombaugh (15 anos após a morte de Lowell). Era o primeiro planeta descoberto por astrônomos dos EUA, portanto uma grande repercussão aconteceu no país. Nomeado Plutão, o planeta a partir de então se tornaria alvo de muitas polêmicas.
Pouco tempo depois, notou-se que o planeta recém-descoberto não possuía massa para causar as anomalias observadas em Netuno. Pelo que se sabia até então, Plutão era pequeno e rochoso, e somente um gigante gasoso poderia causar as perturbações.
Após muito tempo, e muitos debates, os pesquisadores observaram que Plutão possuía uma órbita anormalmente inclinada e ovalada. Isso fazia com que o planeta cruzasse a órbita de Netuno, se tornando o oitavo planeta do sistema solar ocasionalmente.
Nos anos 70, objetos tão grandes quanto Plutão foram descobertos, ameaçando sua classificação como planeta. Mas em 1978, pesquisadores descobriram uma lua no planeta, denominado Caronte, eliminando qualquer chance de o planeta não ser classificado como tal.
Todavia, em 2005, a equipe de astrônomos liderada por Mike Brown descobriu Eris, corpo com tamanho semelhante ao de Plutão, mas com uma massa 27% maior. Então, se Plutão era um planeta, Eris também deveria ser. Inicialmente, a NASA o considerou como sendo o décimo e último planeta do sistema solar. No entanto, a União Astronômica Internacional (órgão mundial que administra a astronomia, catalogando novos corpos celestes, padronizando constantes, entre outros) não aprovou a ideia. Isso porque a cada semana novos corpos eram descobertos, com o avanço dos telescópios. Uma avalanche de planetas estava sendo descoberta para além da órbita de Netuno. No mesmo mês que Eris foi descoberto, astrônomos descobriram mais outros dois planetas: Makemake, Haumea e Ceres.
Para evitar que o sistema solar ganhasse novos planetas a cada descoberta, a União Astronômica Internacional, em uma conferência na República Tcheca, criou uma nova definição de planetas. Plutão, Eris, Makemake, Haumea e Ceres foram rebaixados da elite planetária. Agora eram planetas-anões.
Isso gerou muitas discussões. As equipes de astrônomos responsáveis por essas descobertas protestam até hoje, sem êxito.

A vingança de Plutão

E sete anos após ser rebaixado, Plutão parece querer se vingar. Ainda em 2005, os astrônomos descobriram duas novas luas em Plutão: Nix e Hydra. Em 2011 e 2012, duas novas luas também foram descobertos, além de vários anéis que orbitam o planeta. Ao todo, Plutão possui 5 satélites, e um sistema de anéis, embora não tão elegante quanto o de Saturno. Plutão estaria montando seu próprio “sistema planetário”? A piada perdeu a graça quando os pesquisadores notaram que havia um pequeno problema nisso tudo. Existe uma sonda a caminho do planeta viajando a 48 mil quilômetros por hora.
Quando a New Horizons foi lançada, os pesquisadores imaginavam que Plutão possuía somente uma lua, ou seja, a missão foi planejada de um modo bem diferente daquilo que era pra ser.
Como não há mais volta, a equipe responsável pela missão está fazendo de tudo. Desde complexos cálculos até avançadas simulações computadorizadas para impedir que um investimento de bilhões de dólares não seja em vão. Para piorar ainda mais a situação, não se sabe a posição exata dessas novas luas descobertas, portanto todo cuidado é pouco para evitar uma colisão da sonda com um delas.
A sonda chegará ao planeta (inteira ou não), daqui a 2 anos. Os planos forma revistos, e se chegar com sucesso até próximo de Plutão, ela deverá sobrevoar a superfície em uma distância de 10 mil quilômetros. Segundo os engenheiros da NewHorizons, somente 10 dias antes do início da passagem, manobras deverão ser definidas. Tudo isso controlado a quase 6 bilhões de quilômetros de distância.
Será que Plutão está querendo “se vingar” de nós?

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