sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O universo é uma projeção holográfica do futuro?

O universo é uma projeção holográfica do futuro?

 
Andrew Strominger, pesquisador da teoria das cordas na Universidade de Harvard, teve uma estranha ideia há algum tempo. Até hoje, ele defende a tese de que nosso universo é uma ilusão – uma imagem projetada no passado por meio de um holograma localizado no limite do universo, em um futuro infinito.
Universo
A medida que essa imagem é projetada para trás no tempo, ela se atenua, ganhando um aspecto indefinido e podendo até sumir.
Essa ideia tem sido cada vez mais aceita pela comunidade científica mundial, sobretudo no aspecto matemático de algumas teorias baseadas na física quântica, como a teoria das cordas.
Embora o próprio Strominger admita que isso é um trabalho de pura especulação, a ideia – caso esteja correta –  explicaria como o espaço e o tempo surgiram do “nada”, além de ajudar na unificação das duas principais teorias físicas, a relatividade de Einstein e mecânica quântica, que juntas podem explicar todas as coisas do universo.
Diferentemente da teoria do Big Bang, onde toda a matéria surge de um único ponto cuja origem é incerta, a teoria do holograma apresenta um lento e contínuo processo de criação, conforme cada vez mais detalhes do holograma surjam para nós.
Pensando assim, todas as coisas, até mesmo os seres vivos, seriam projeções vindas de um futuro distante.
Mas calma, toda essa loucura tem um fundamento matemático.

Buracos negros

Buraco negro
Tudo isso começou quando Stephen Hawking e Jacob Bekenstein, em meados da década de 1970, notaram que o conteúdo da informação da singularidade de um buraco negro (entropia) é proporcional à sua superfície (conhecida como horizonte de eventos). Isso pode ter sido uma das maiores descobertas da história da cosmologia, e não é difícil entender o por quê.
A descoberta foi denominada “princípio holográfico”. Buracos negros de fato funcionam como hologramas. A informação tridimensional de um buraco negro é codificada em sua superfície bidimensional.
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Strominger então calculou a entropia de um buraco negro através de equações utilizadas para descrever o comportamento de partículas na Teoria Quântica de Campos, e posteriormente percebeu que existia uma equivalência matemática entre dois tipos de universos: um no qual as partículas obedecem à teoria quântica de campos, mas não possui gravidade; e outro no qual há cordas e gravidade, além de um espaço-tempo negativamente curvado, como acredita-se que existe dentro dos buracos negros.
Embora isso não diga muita coisa para a maioria das pessoas, isso trouxe um grande impacto na física teórica. Strominger explica que, quando os cálculos estão difíceis de serem resolvidos, eles criam uma outra situação, denominada “universo espelho”, onde sua matemática é mais simples, e ali terminam seus cálculos antes de voltarem para o “universo real”.
E os cálculos do físico têm se mostrado incrivelmente precisos entre esses dois universos.
No entanto, sabemos que o espaço-tempo de nosso universo não é como de um buraco negro. Ele está se expandindo devido à força da energia escura que age em oposição à gravidade. Esse universo é diferente dos dois apresentados anteriormente, e os cálculos de Strominger simplesmente não se aplicavam a esse caso.
Mas durante os esforços do físico para reverter a situação, ele descobriu algumas evidências matemáticas que apoiam a tese de que há informações contidas em uma superfície, holograficamente projetada para trás no tempo.
Contudo, provar que nosso universo é uma mera projeção holográfica vinda do futuro é algo praticamente impossível, além da matemática. E você leitor, acredita nessa ideia?

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