Top 5 razões e teorias para você acreditar que vive em um Universo múltiplo
O Universo em que vivemos pode não ser o único – talvez haja infinitos outros exemplares formando o chamado “multiverso”.
E a física está aí para dar suporte teórico a esta ideia, por meio de
várias teorias independentes entre si. Aqui está uma lista de cinco
teorias científicas bem plausíveis sobre o assunto:
1. Universos infinitos
Os cientistas
não têm certeza do formato do espaço-tempo, mas eles concordam que
deve ser plano e se estende ao infinito. Mas se ele realmente durar para
sempre, então logo ele começará a se repetir, pois há um número
limitado de meios com que partículas podem se arranjar neste universo.
Em outras palavras, se você procurar bem no espaço-tempo, você
encontrará infinitas versões de si mesmo, sendo que algumas dessas
cópias estão fazendo exatamente o que você está fazendo agora. Outras
serão diferentes de você: elas podem estar apenas usando uma roupa
diferente, ou podem estar morando em outro lugar, seguindo outra carreira, cuidando de outra família.
Como o Universo observável só existe até onde a luz chega – ou seja, a uma distância de 13,7 bilhões de anos-luz, que é a idade
do Universo – o espaço-tempo que há além dessa distância pode ser seu
próprio universo separado. A ideia é que vários universos existem
grudados um no outro em uma gigantesca colcha de retalhos de universos.
2. Universos-bolha
Além
dos universos infinitos criados pelo crescimento sem fim do
espaço-tempo, outros universos existem de acordo com a teoria da
“inflação eterna”. A “inflação” no caso se refere à rápida expansão do
universo após o Big Bang, como se fosse um balão. A “inflação eterna”,
como proposta por Alexander Vilenkin, cosmólogo da Universidade Tufts,
sugere que alguns universos continuam crescendo enquanto outros param, o
que criaria vários “universos-bolha” isolados.
No nosso universo, que não mais se expande rapidamente, é como uma
pequena bolha em um grande espaço com outras bolhas que podem estar
crescendo ou estar paradas como o nosso. Nesses universos, talvez as
leias da física sejam diferentes, o que os torna lugares, no mínimo,
interessantes.
3. Universos paralelos
Uma
ideia recorrente em filmes de ficção, que surgiu da ideia de “mundos
brana” – universos paralelos que ficam próximos, mas não encostados uns
em relação aos outros. Quem propôs tal teoria foi Paul Steinhardt e
Neil Turok, do Instituto Perímetro para Física Teórica da Universidade
de Princeton em Ontário, Canadá. Segundo a proposta, muitas outras
dimensões, além das três que conhecemos no espaço, existem. Ou seja,
além da nossa “brana” tridimensional, outras branas tridimensionais
podem existir flutuando em um espaço superiormente dimensional.
O físico Brian Greene, da Universidade da Columbia, explica melhor a
ideia em seu livro “The Hidden Reality” (A Realidade Oculta, em
tradução livre): “O nosso universo é uma das, talvez, muitas
‘lajes’ flutuando em um espaço superiormente dimensional, como uma
fatia de um grande pão cósmico”.
A teoria vai além e sugere que os universos brana nem sempre estão
paralelos e fora de alcance um do outro. Alguns podem vir a colidir,
gerando novos big bangs e reiniciando-os de novo e de novo.
4. Universos filhos
Esta
teoria vem da física quântica e sugere uma outra origem para múltiplos
universos. A física quântica enxerga o mundo através de probabilidades e
não de resultados definidos, e a matemática da teoria aponta que todos
os resultados possíveis ocorrem cada qual em seu universo particular e
separado.
Por exemplo, se você precisa fazer uma escolha, como qual roupa usar,
qual prato pedir ou qual programa assistir, são criados universos
filhos, cada qual para a escolha que você poderia fazer.
Conforme Brian escreveu em seu livro: “E
em cada universo, há uma cópia de você testemunhando um ou outro
resultado, pensando – incorretamente que a sua realidade é a única
realidade”.
5. Universos matemáticos
Cientistas ainda debatem se a matemática é uma ferramenta para
descobrir novos universos ou um universo próprio, enquanto que nossas
observações de universo são percepções inexatas da natureza matemática
deles. Se for assim, então a estrutura matemática que compõe o nosso
universo não é o único universo possível, e todas as estruturas
matemáticas existem em universos separados.
Max Tegmark, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts, que propôs esta ideia meio confusa, afirmou que “uma estrutura matemática é algo que você pode descrever de um jeito que é totalmente independente da bagagem
humana. Eu realmente acredito que há um universo aí fora que pode
existir independentemente de mim e que continuaria existia mesmo que
não houvesse humanos”.
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